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Após a COP28, Associação Internacional das Empresas Aéreas apela às nações pelo abandono dos combustíveis fósseis

Imagem: Depositphotos

A comunicado emitido ontem, 14 de dezembro, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que representa cerca de 320 companhias aéreas ou 83% do tráfego aéreo mundial, informa que toma nota do resultado da COP28, apelando às nações para que abandonem os combustíveis fósseis.

IATA ressalta que este acordo histórico é uma oportunidade para o avanço dos combustíveis renováveis ​​em todo o mundo, incluindo os Combustíveis Sustentáveis de Aviação ​​(SAF, na sigla em inglês para Sustainable Aviation Fuels).

Na COP28, realizada em Dubai, as Partes acordaram um texto histórico denominado Consenso dos Emirados Árabes Unidos, que estabelece uma agenda climática ambiciosa para manter a meta de 1,5°C ao alcance. O Consenso dos EAU:

– apela às Partes para que façam a transição dos combustíveis fósseis para atingirem o zero líquido;

– incentiva-as a apresentar Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) em toda a economia;

– inclui uma nova meta específica para triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética até 2030; e

– cria impulso para uma nova arquitetura para o financiamento climático.

Willie Walsh, Diretor Geral da IATA, disse:

“A indústria aérea está comprometida em atingir zero emissões líquidas de carbono até 2050. Para fazer isso, sabemos que precisamos fazer a transição dos combustíveis fósseis para o combustível de aviação sustentável.

É encorajador que os governos tenham reconhecido formalmente a mesma necessidade. Para avançar, precisamos que a produção de SAF aumente rapidamente para satisfazer a procura que já existe.

Isso significa que os governos devem implementar políticas para apoiar a produção de SAF. E os produtores de combustíveis devem atender ao apelo claro dos governos na declaração COP 28 para que priorizem os investimentos em combustíveis renováveis”.

A Associação explica que os incentivos eficazes à produção de SAF devem apoiar os seguintes objetivos:

– Aceleração dos investimentos em SAF, muito acima dos níveis atuais, por parte das petrolíferas tradicionais;

– Garantia de incentivos à produção de combustíveis renováveis para ​​incentivar quantidades suficientes de SAF;

– Foco, pelas partes interessadas, na diversificação regional da matéria-prima e da produção de SAF;

– Identificação e priorização de projetos de produção de alto potencial para apoio ao investimento;

– Fornecimento de uma estrutura contábil global de SAF.

A IATA espera que mais de 60% da redução de carbono necessária para atingir saldo líquido zero de emissões até 2050 seja feita através do SAF. Em 2023, embora o SAF representasse apenas 0,2% das necessidades de combustível da aviação, cada gota de SAF disponível foi comprada, a um custo de cerca de 1 bilhão de dólares, mostrando o potencial desse mercado.

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