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Após cantora falar que teve o cabelo revistado no aeroporto, Infraero declara que não foi o que ocorreu

Uma cantora acusou que funcionários do aeroporto revistaram seu cabelo antes de embarcar, mas a administradora do terminal afirma que tem prova de que não foi o que ocorreu.

Foto – Twitter e DepositPhotos

O caso aconteceu ontem, 14 de dezembro, no Aeroporto Santos Dumont, com a cantora Luciane Dom, que fez uma publicação no X (antigo Twitter) dizendo que “Acabaram de revistar meu cabelo no Aeroporto Santos Dumont!”, postando uma foto sua dentro de uma aeronave, mas sem dar outros detalhes.

Muitas pessoas comentaram na publicação da cantora, acusando os funcionários do aeroporto de racismo estrutural e procedimentos ilegais durante a busca pessoal.

O Jornal Metrópoles, conhecido por equívocos como a falsa notícia do “Voo da Bomba“, chegou a publicar uma reportagem afirmando que a cantora sofreu racismo, mesmo sem ela ter afirmado isso na publicação ou ter sido provado o que houve.

A notícia foi compartilhada pela Ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, que afirmou lamentar o ocorrido e disse que “infelizmente, casos como esses não são pontuais. Nosso corpo e nosso cabelo precisam ser respeitados. A equipe do Ministério já está se mobilizando para entender e acompanhar o caso”.

A Ministra também postou um antigo tweet da sua irmã, Marielle Franco, que era vereadora do Rio de Janeiro e foi assassinada em 2018, citando um caso similar de acusação de revista no cabelo, mas em Brasília.

Porém, ainda ontem, a Infraero, empresa estatal federal e administradora do Santos Dumont, soltou um comunicado respondendo à Ministra e a vários outros perfis no Twitter que compartilharam a história de Luciane.

A nota da Infraero diz:

A cantora Luciane Dom foi selecionada aleatoriamente para uma inspeção manual. Após averiguação interna, foi constatado por imagens de câmeras de segurança que não houve uma inspeção nos cabelos. De acordo com a Instrução Suplementar IS 107.001-J, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as gravações feitas por essas câmeras de segurança só podem ser compartilhadas com a Polícia Federal, mediante solicitação de representantes do órgão. Um dos procedimentos previstos para garantir a segurança do passageiro e demais usuários, a realização de inspeção de segurança aleatória é prevista na Resolução ANAC n° 515, de 8 de maio de 2019.

Destaca-se que os pórticos detectores de metais do aeroporto têm a capacidade de gerar alarmes aleatórios, com acionamento de forma automática ou sob ação do passageiro, para fins de controle de execução da inspeção aleatória. Importante ressaltar que a inspeção de segurança aleatória é independente de origem, raça, sexo, idade, profissão, cargo, orientação sexual, orientação religiosa ou qualquer outra característica do passageiro.

A Infraero reitera que repudia quaisquer formas de discriminação, que comportamentos como injúria racial e racismo não são tolerados nos aeroportos sob sua administração e está à disposição das autoridades competentes para os esclarecimentos que se façam necessários“.

Mais tarde, a cantora acabou deletando a sua publicação, gerando uma repercussão ainda maior do caso. Para algumas pessoas, ela fez o post no Twitter para dar engajamento do lançamento do seu novo single, “É Natal”, que foi lançado hoje, dia 15.

Posteriormente, Luciane Dom se posicionou fazendo uma afirmação diferente da anterior: “Eu sei o que ouvi hoje no scam. Foi tudo muito rápido e sutil. O racismo de todo dia não se vê em câmeras de segurança. Peço que parem o assédio e a repercussão dessa violência. Vamos seguir”.

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