A companhia aérea indiana de baixo custo IndiGo confirmou que está em discussões com a Diretoria Geral de Aviação Civil da Índia (DGCA) sobre uma multa imposta pela autoridade depois de seis incidentes de colisão de cauda (tail strike) serem relatados desde janeiro deste ano. A multa prevista pelas autoridades indianas é de US$ 36.480, de acordo com uma declaração emitida pela IndiGo.
De janeiro a junho deste ano, quatro aeronaves Airbus A321neo, registradas como VT-ILR, VT-IML, VT-IMG e VT-IMW, foram envolvidas em incidentes em quatro aeroportos diferentes da Índia. O mais recente envolveu o VT-IMW, que bateu na cauda durante o pouso no Aeroporto Internacional de Ahmedabad no dia 15 de junho. O avião ainda se encontra no mesmo aeroporto.
Todas as outras aeronaves que foram supostamente envolvidas em incidentes de colisão de cauda voltaram à frota da IndiGo após inspeções minuciosas. Isso aconteceu enquanto a IndiGo estava em crescimento significativo, refletido em sua participação de mercado. Em junho de 2023, a companhia aérea de baixo custo detinha 63,2% de participação, contra 9,7% da Air India, o segundo maior concorrente.
Para comparar, em junho de 2022, a participação de mercado doméstico da IndiGo era de 56,3%, e a da Air India, de 7,5%. O crescimento da IndiGo foi ainda maior quando a Go First, suspendeu operações em maio. No mesmo mês, a IndiGo anunciou, durante o Paris Air Show um recorde de pedidos de 500 aeronaves da Airbus, formados por 125 A320neos e 375 A321neos.
Embora a IndiGo não tenha entrado em detalhes sobre os seis incidentes de tail strike, a empresa destacou que apresentará uma resposta de acordo com os prazos devidos para a notificação recebida da DGCA.