Após sete anos, a Cubana de Aviación voltará a operar um de seus Tupolev 204 que passou por extensa manutenção na Rússia. Em 2019, Cuba e Rússia chegaram a um acordo que permitiu a realização de manutenções pesadas denominadas Check-D e Check-C em aeronaves de fabricação russa em seu país de origem.
No entanto, afalta de componentes adequados para as suas aeronaves russas já havia impedido Cuba de realizar a manutenção da frota. Os dirigentes da Cubana de Aviación atribuíram esta dificuldade aos bloqueios económicos impostos pelos Estados Unidos, detalhou o Aviacionline.
Naquela época, a Cubana de Aviación operarava com dois Tupolev 204-100B (CU-T1701 e CU-T1702), dois Tupolev 204-100CE (CU-C1700 e CU-C1703) e quatro Illuyshyn 96-300 (CU- T1250, CU-T1251, CU-T1254 e CU-T1717).
Um dos Tupolev 204, com registro CU-T1702, partiu para a Rússia em 4 de julho de 2019 para passar pelo Check-D na instalação de manutenção Spektr-Avia Technic (MRO) no Aeroporto Ulyanovsk Vostochny. Essa aeronave, que na época tinha 16,1 anos, foi montada e entregue pela fabricante Aviastar-SP à companhia aérea estadual em dezembro de 2007.
Agora, o T1702 voou de retorno para Havana a partir de Ulyanovsk, fazendo escalas em Reykjavík, na Islândia, e Gander, no Canadá, antes de seu retorno a Cuba. As rotas específicas nas quais esta aeronave será utilizada ainda não foram reveladas.
Antes eles operavam em destinos como Bogotá, Cancún, Caracas, Cidade do México, Santo Domingo, segundo a plataforma Cirium. Quando os Tupolevs foram retirados de serviço, a companhia aérea celebrou um contrato de wet leasing com a Avion Express para usar Airbus A320 por um curto período. Porém, devido a restrições econômicas que dificultaram a aquisição de dólares, este contrato foi cancelado.
Além disso, os dois únicos Ilyushin Il-96 ativos da companhia aérea foram enviados aos hangares do fabricante Voronezh Aircraft Production Association (VASO) no Aeroporto Pridacha Voronezh para manutenção. Seu retorno à companhia aérea estadual ainda é uma incógnita.
Como resultado, a Cubana de Aviación teve que recorrer a um acordo de wet leasing com a Plus Ultra Airlines para manter os seus voos para Madrid e Buenos Aires/Ezeiza, utilizando um Airbus A340-300.
A companhia aérea estatal enfrenta atualmente desafios significativos na sua frota, com apenas um ATR 72-200 em operação para voos domésticos.
