O primeiro Boeing 737 MAX destinado à China deixou a fábrica da Boeing na segunda-feira, 13 de março, o que representa um sinal claro de que o modelo está mais próximo de retornar aos voos comerciais nos céus chineses após uma paralisação de três anos, reporta o site parceiro Aviacionline.
De acordo com o que foi relatado pelo South China Morning Post, o avião se dirigiu para a planta de finalização da fabricante em Zhoushan, usada para a instalação de interiores. O jornal indicava que a viagem duraria alguns dias e incluiria várias paradas para reabastecimento. A fábrica foi inaugurada em dezembro de 2018, poucos meses antes de a China suspender as operações do modelo.
“Tudo parece indicar que esta será a primeira entrega de um 737 MAX para a China desde março de 2019. Historicamente, este país representou cerca de 17% das vendas da Boeing”, disseram analistas da Jefferies. A China foi o primeiro país a aterrar o 737 MAX após o acidente da Ethiopian Airlines. Atualmente, é também o mercado mais importante em que a aeronave não retornou ao serviço comercial.
No início de dezembro, o regulador de aviação chinês indicou às empresas uma lista de correções necessárias para permitir o retorno do modelo aos voos comerciais. Com isso, esperava-se que o retorno do 737 MAX aos céus chineses ocorresse em breve.
No entanto, até agora apenas foram realizados voos de teste. Isso atrasou a entrega de mais de 100 unidades já construídas, que estão nas instalações da Boeing nos Estados Unidos. O CEO da Boeing, David Calhoun, disse em janeiro que sua empresa estava “se preparando para entregar os aviões” no primeiro trimestre.
Enquanto isso, as companhias aéreas chinesas não têm pressa em adicionar 737 MAX devido à queda na demanda doméstica em meio a uma nova onda de casos de coronavírus. “Há menos urgência para aumentar a capacidade”, disse uma fonte do setor à Reuters.
