Os EUA abriram uma consulta pública após detectarem potenciais problemas em assentos que serão colocados lateralmente no novo Boeing 737 MAX 10.
Em outubro do ano passado, a Boeing propôs à FAA, a Administração Federal de Aviação dos EUA, que o Boeing 737 MAX 10 teria instalados assentos oblíquos em relação ao corredor, com e sem uso de airbags ou cinto de três pontos.
Este tipo de poltrona é usada normalmente na classe executiva, que tem assentos-cama que, para otimização de espaço, ficam angulados para caber mais assentos numa mesma área.
A FAA afirmou que a proposta da Boeing é um design novo para o modelo e que nunca foi usado antes. Segundo a agência, o modelo desenhado atualmente não tem proteção adequada “para o pescoço e espinha em assentos angulados em relação à linha central da aeronave”.
Testes realizados com bonecos simulando humanos constataram tensão excessiva no pescoço e espinha quando utilizado este tipo de assento proposto. Modificações deverão ser feitas no airbag e no tipo de cinto para que ele se torne seguro o suficiente para a operação comercial.
Usuários e empresas podem submeter sugestões e comentários durante o período aberto de consulta pública, que começou hoje e vai até 29 de setembro neste link. Até o momento, a Boeing não informou se este procedimento vai atrasar ainda mais a certificação do 737 MAX 10, o maior 737 já feito na história.