Associação Aeroportos do Brasil adere à iniciativa 25by2025 para aumentar a presença feminina na aviação

Imagem: Fraport Brasil

A Aeroportos do Brasil (ABR) é a primeira associação de aeroportos no mundo a aderir ao 25by2025, iniciativa global e voluntária da IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) com o objetivo de aumentar a representação feminina no setor da aviação. Até agora, 189 companhias aéreas e organizações já aderiram à iniciativa, que visa mudar as principais métricas do setor.

Este compromisso foi criado em 2019 com a finalidade de mudar as principais métricas de diversidade e inclusão, aumentando em 25% o número de mulheres em cargos de liderança e em funções técnicas até 2025. Com a adesão da ABR, o número de signatários nas Américas aumenta para 40, sendo 8 só no Brasil, ficando atrás apenas da Europa.

A ABR representa os 59 aeroportos federais concedidos no Brasil e mais de 90% dos passageiros transportados. Atua em favor do desenvolvimento da aviação por meio da representação dos interesses legítimos de suas associadas.

A adesão ao programa visa fortalecer a representação de mulheres no setor, tanto em cargos superiores como em áreas sub-representadas, e promover a igualdade de gênero e o empoderamento de modo geral.

Embora as mulheres representem uma parcela significativa da força de trabalho na aviação, elas ainda são minoria em cargos de liderança e em funções técnicas, o que pode ser atribuído a fatores como falta de acesso a oportunidades de desenvolvimento profissional e treinamento, preconceitos de gênero arraigados e falta de representatividade feminina em cargos de liderança.

De acordo com uma pesquisa da Korn Ferry, apenas 6% das empresas aéreas têm uma mulher CEO, enquanto 5,1% dos pilotos são mulheres. Além disso, mulheres representam cerca de 26% dos controladores de tráfego aéreo, 18% dos despachantes de voo e menos de 9% dos engenheiros aeroespaciais.

Para mudar esse cenário e tornar o setor aéreo mais equilibrado em termos de gênero, o 25by2025 tem como principal objetivo criar uma cultura mais equitativa no local de trabalho a partir da implementação de políticas e práticas de inclusão. A IATA espera alcançar os objetivos da iniciativa até 2025 e continuar trabalhando para tornar a indústria brasileira mais diversa.

A igualdade de gênero é importante não apenas do ponto de vista ético, segundo o estudo da McKinsey Women in the workplace 2022, mas também para o sucesso dos negócios, pois equipes diversas são mais inovadoras, adaptáveis, resilientes e apresentam melhor desempenho.

“Para a ABR, não é só um papel assinado: é uma mensagem de nosso setor em busca de equilíbrio de funções. Reconhecemos, ainda, que há a necessidade de promover mudanças estruturais e de comportamento que permitam o compartilhamento de responsabilidades em todas as jornadas”, afirma Fábio Rogério Teixeira Dias de Almeida Carvalho, Presidente da ABR.

“Diversidade e inclusão são importantes não apenas por razões éticas e morais, mas porque empresas com essa prática tendem a ser mais bem-sucedidas, inovadoras e competitivas. De acordo com uma pesquisa da McKinsey, quando as mulheres estão bem representadas no topo da hierarquia, as empresas têm 50% mais chances de superar seus competidores. Investir em diversidade e inclusão na aviação é uma estratégia inteligente para empresas que desejam melhorar sua competitividade e reputação, bem como a satisfação e produtividade dos colaboradores”, diz Dany Oliveira, Diretor da IATA para o Brasil.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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