Associação do transporte aéreo da América Latina destaca a redução anual de consumo de combustível do setor

Na data de hoje, 22 de abril, celebra-se o Dia da Terra, e nesse âmbito, a Associação Latino-Americana e do Caribe de Transporte Aéreo (ALTA) destaca os esforços das companhias aéreas da região em prol da sustentabilidade. A ALTA apresenta o progresso contínuo alcançado pelas empresas, especialmente em relação à eficiência no uso de combustível.

Segundo a Associação, desde 2011, esses esforços resultaram em uma redução anual de 2,7% no consumo de combustível, evitando assim a emissão de 20,33 milhões de toneladas de CO2 ao longo desse período.

O consumo de combustível por mil passageiros-quilômetros (galões/1.000 RPK) diminuiu de 12,61 galões em 2011 para 9,1 galões em 2023. Esse progresso é equivalente a:

– Remover 4,6 milhões de carros das estradas por um ano;

– Plantar 933 milhões de árvores;

– Absorver a quantidade de CO2 que poderia ser capturada por 150 km² de áreas de manguezais em um ano;

– Capturar a mesma quantidade de CO2 que poderia ser absorvida por cerca de 2.000 km² de floresta amazônica em um ano;

– Neutralizar as emissões anuais de aproximadamente 10 milhões de latino-americanos, o que é comparável a interromper as emissões de CO2 da Cidade do México por um ano.

“O compromisso histórico das companhias aéreas com o meio ambiente tem gerado resultados positivos ao longo dos anos. A eficiência no consumo de combustível, por exemplo, equivale ao funcionamento de uma das maiores centrais solares da região por 20 anos, resultando na redução de 1 milhão de toneladas de CO2 por ano.

Esses avanços na eficiência não apenas beneficiam os usuários e as comunidades, mas também têm impactos positivos para o meio ambiente. Então, por que não contribuir para tornar mais eficientes as condições e o contexto em que a indústria opera, para que ela possa crescer com agilidade e competitividade?”, questiona José Ricardo Botelho, Diretor Executivo & CEO da ALTA.

Botelho destaca que, além das reduções de emissões alcançadas por meio de eficiências operacionais e tecnológicas, as companhias aéreas da região têm adotado processos de compensação de emissões, chegando, em alguns casos, a suprir até 90% das emissões das rotas domésticas.

“A América Latina possui uma das frotas mais modernas do mundo, composta por aeronaves altamente eficientes e ecologicamente sustentáveis. Voamos de maneira eficiente, com uma pegada ecológica significativamente menor em comparação com outras regiões.

No entanto, as estratégias para promover os objetivos de sustentabilidade não podem ser uniformes para todos, especialmente considerando que nesta região o nível de renda é mais baixo e o impacto da compensação e dos custos de aquisição de UAS (Sistemas Aéreos Não Tripulados) ou de outras iniciativas é mais significativo. É necessário reconhecermos as diversas realidades para não causar perdas irreparáveis nesse setor tão relevante”, afirma.

Ele complementa dizendo: “A aviação já não é mais um luxo, como era há alguns anos, mas sim um serviço essencial acessado por mais de 300 milhões de pessoas por ano. Devemos ter isso em mente e colaborar para avançarmos de forma responsável e eficiente em direção aos objetivos de sustentabilidade”.

Nesse sentido, a ALTA participa dos Grupos de Trabalho de Combustível Sustentável de Aviação (SAF) na Colômbia e no México e, em breve, estará também na Costa Rica e na República Dominicana. Em resposta a esse trabalho, a associação tem dois comitês de trabalho especializados no assunto, que têm novos presidentes:

Comitê de Sustentabilidade: Marco Larson, responsável pela sustentabilidade na Sky Airline.

Comitê dos Combustíveis: David Ortiz, Diretor de Combustíveis da Aeromexico.

Ambos os comitês reúnem mais de 15 companhias aéreas que procuram gerar conhecimento, melhores práticas e iniciativas que apoiem a indústria a avançar com agilidade nos objetivos de sustentabilidade.

Informações da ALTA

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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