Ativistas acusam companhia aérea de uso indevido de reconhecimento facial de clientes

Ryanair
Imagem: Anna Zvereva, CC BY-SA 2.0, via Flickr

A Ryanair, a maior companhia aérea da Europa em número de passageiros, justificou o uso do reconhecimento facial para verificação de passageiros que reservam através de agências de viagens online alegando que a tecnologia serve para proteger os clientes. O uso da verificação biométrica foi denunciado na quinta-feira pelo grupo de defesa dos direitos digitais NOYB.

Conforme veiculado em matéria do Brussels Times e de outros meios de imprensa europeia, ao ser questionada a empresa afirmou que o faz para garantir que os clientes cumpram as declarações de segurança necessárias para viajar e sejam informados dos protocolos regulatórios.

A Ryanair também informa que não há necessidade de verificação biométrica para quem faz reservas através do site ou aplicativo de celular da própria empresa.

A NOYB, fundado pelo ativista austríaco Max Schrems, apresentou um processo à agência espanhola de proteção de dados em nome de um denunciante que reservou um voo da Ryanair e reclamou que o uso da verificação biométrica viola o direito dos clientes à proteção dos seus dados.

A companhia aérea justifica que necessita de verificar os dados dos passageiros que reservam por agências de viagens, pois estas muitas vezes copiam o inventário da Ryanair e vendem os voos com margens ocultas e fornecem informações incorretas ao cliente.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias