Avianca aceita parcialmente a integração com a Viva Air e pede para regulador agilizar o processo

A Avianca aceitou parcialmente as condições impostas pela Aerocivil para se integrar à Viva Air, mas a companhia aérea entrou com recurso. O pedido da Avianca é “viabilizar a integração solicitada” e “esclarecer os aspectos relevantes relacionados às condições estabelecidas na última resolução do órgão de transporte aéreo”.

Segundo a Avianca, eles precisam ter acesso à capacidade da Viva Air em termos de aeronaves para “atender a necessária conectividade do país, bem como resolver a situação dos usuários de companhias aéreas de baixo custo”. A companhia aérea considera que as condições impostas pela Aerocivil devem ser “viáveis ​​e aplicáveis ​​face à atual realidade do mercado aéreo do país”.

O CEO da Avianca, Adrián Neuhauser, declarou que o apelo busca garantir as condições mínimas para operar o que resta da Viva e assim preservar a conectividade no país e a oferta aos passageiros. “Desde o primeiro dia, propusemos soluções e protegemos centenas de milhares de usuários afetados. Rechaçamos enfaticamente a insistência de alguns concorrentes em colocar obstáculos no processo com o único objetivo de fazer desaparecer o que resta do Viva”, acrescentou.

Segundo comunicado da companhia aérea, a Avianca pediu “soluções rápidas que salvaguardem o que resta do modelo de baixo custo da Viva no país e garantam preços competitivos para os colombianos”, comentou o Aviacionline.

O processo de integração, iniciado há oito meses, foi demorado, durante o qual a companhia aérea de baixo custo enfrentou crescentes dificuldades financeiras. A Avianca solicitou que “soluções rápidas sejam acionadas para estabilizar o sistema e evitar maiores danos devido à perda de aviões, rotas ou empregos que ainda dependem da companhia aérea Viva Air”.

Ao aceitar as condições impostas, a Avianca estaria disposta a “proteger os passageiros afetados pela suspensão temporária das operações da Viva, inclusive aqueles que adquiriram passagens Viva Pass com a companhia aérea de baixo custo”.

A companhia aérea também propõe que “a operação do Viva no horário de pico se concentre em regiões que requerem ampla conectividade, como San Andrés, Letícia, Santa Marta e Riohacha”.

Segundo o comunicado, a Avianca realocou mais de 100.000 usuários da Viva e Ultra, o que corresponde a 86% do total de passageiros afetados por ambas as companhias aéreas. “É fundamental buscar soluções rápidas que nos permitam salvaguardar o que resta hoje da companhia aérea Viva, para continuar mantendo o modelo de baixo custo no país e garantir preços competitivos em benefício dos colombianos”, conclui o comunicado da companhia aérea.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

Veja outras histórias