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Aviões da boliviana Amaszonas recebem matrículas brasileiras após empresa ser vendida

A recente venda da companhia aérea Amaszonas, da Bolívia, pela Nella Airlines, coincidiu com o “novo registro” dos aviões da empresa que estão no Brasil. A empresa, que pertencia ao grupo do brasileiro Maurício Souza, está a praticamente um mês sem voar, após o dono do avião (lessor) contestar uma dívida de US$ 17 milhões pelo aluguel de quatro aeronaves Embraer E190-E1.

O lessor comunicou a falta de pagamento para as autoridades bolivianas, que cancelaram a matrícula dos aviões e com isso a empresa não pode mais voar. Como desdobramento do caso, hoje foi anunciado que a Nella vendeu a Amaszonas para um empresário brasileiro.

Nesse imbróglio, ao menos dois dos quatro aviões da Amaszonas estavam no Brasil, sobre o que a Nella afirmava serem manutenções periódicas e previstas. No entanto, um dia antes do anúncio da venda, na data de ontem, um deles foi visto saindo de Sorocaba e voando para Gavião Peixoto.

Ambas as cidades estão no interior paulista, sendo que a primeira tem um centro de manutenção da Embraer e a segunda a linha de montagem da aviação militar da fabricante brasileira.

De anterior matrícula boliviana CP-3130, o jato E190-E1 foi visto com a matrícula brasileira PP-ABU antes de decolar de Sorocaba. Este registro brasileiro, segundo a ANAC, se trata de uma reserva de marcas e ainda não foi disponibilizado ao público quem é o novo dono do avião de fato.

Já o outro jato que estava no Brasil, de matrícula boliviana CP-3133, também ganhou um registro brasileiro: PP-ACU, e igualmente voou de Sorocaba para Gavião Peixoto, mas no último dia 23, como mostram os dados da plataforma RadarBox.

Veja abaixo os registros da saída das aeronaves de Sorocaba.

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