Boeing 737 MAX ficou a pouco mais de 100 metros do mar durante arremetida

Foto: Glenn Beltz

Um Boeing 737 MAX da Southwest ficou muito próximo do mar durante uma arremetida em uma noite com clima ruim no Havaí.

A aeronave de matrícula N8788L realizava o voo WN2786 entre as ilhas havaianas de Honolulu e Lihue, quando, durante a aproximação nesta última, acabou descendo abaixo do esperado e chegou a atingir 400 pés (121 metros) de altura.

O incidente não foi informado às autoridades inicialmente, mas a Southwest Airlines enviou um memorando de segurança aos pilotos na última semana, ao qual a Bloomberg teve acesso.

Neste documento, a empresa afirma que o Comandante deixou que o Primeiro-Oficial, que tinha acabado de entrar na empresa, fosse o piloto em comando para esta curta etapa, que demora em média 25 minutos do acionamento até o desligamento dos motores.

Durante a arremetida causada por falta de visibilidade, o Primeiro-Oficial acabou empurrando o manche para frente, fazendo com que o avião iniciasse uma descida a uma taxa de – 4.000 pés por minuto, e também reduziu a velocidade, quando os comandos para uma arremetida deveriam ser o oposto.

Logo após um sistema de alerta de colisão contra o terreno (TAWS) começou a apitar avisando da baixa altura, e o Comandante ordenou que o outro piloto aumentasse a potência e começasse a subir, o que fez a aeronave atingir uma subida numa razão de 8.500 pés por minuto, muito acima do recomendado pela empresa.

Esta descida rápida e a subida íngreme fizeram com que o voo virasse uma montanha-russa, mas os pilotos mantiveram o controle e conseguiram retornar com segurança para Honolulu.

A Southwest não comunicou o acidente para a NTSB, que investiga acidentes, e nem para a FAA, a Administração Federal de Aviação Civil. Mas, pelo fato da aeronave ter voltado para a origem, foi possível apurar que a data do voo foi 11 de abril de 2024.

Em nota à imprensa, a companhia aérea afirmou que “nada é mais importante para a Southwest que a segurança, e através do nosso robusto Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (SGSO), o evento foi abordado da maneira apropriada, como sempre fazemos como meta de melhora contínua”. O caso agora será investigado tanto pela FAA como pela NTSB.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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