A Boeing, fabricante de aeronaves dos EUA, planeja aumentar a produção do Boeing 737 MAX ainda mais nos próximos meses, chegando a 52 unidades por mês até o começo de 2024. Se atingir a meta, será a primeira vez desde 2019 que os modelos MAX atingirão essa escala de produção. A produção foi reduzida para 42 por mês em 2019 devido a acidentes e novos cortes foram feitos durante a pandemia.
Conforme explana o Aviacionline, isso permitirá à Boeing manter sua participação de mercado de 40% em aeronaves de fuselagem estreita. Desde o seu lançamento, o Boeing 737 MAX recebeu 5.316 pedidos. Já o principal avião da fabricante europeia Airbus é o A321neo, que continua a acumular encomendas. Em fevereiro de 2023, ele havia recebido 4.672 pedidos desde o seu lançamento, superando os 3.991 pedidos do A320neo.
Em resposta à alta demanda, a Airbus anunciou a abertura de uma segunda linha de produção na China, com o objetivo de atingir uma taxa de fabricação de 65 aeronaves por mês em 2024 e 75 em 2026.
A Boeing depende de seus clientes mais leais para gerar pedidos, principalmente de companhias aéreas americanas, chinesas e da Ryanair. No entanto, esses pedidos dependem da certificação dos modelos MAX 7 e MAX 10, que estão em disputa há mais de dois anos.
Ambos os fabricantes de aeronaves concordam que os problemas atuais da cadeia de suprimentos provavelmente persistirão até o final de 2023 ou início de 2024. As principais causas são a escassez de mão de obra em fornecedores de médio e pequeno porte. Em muitas áreas da indústria, o rápido aumento da demanda nos últimos meses ultrapassou a capacidade da indústria de se adaptar e manter um serviço adequado.
Isso causou atrasos generalizados e complicações nas entregas de aeronaves. Os principais fabricantes de motores também enfrentaram problemas, com aviões prontos para entrega, mas sem motores. Além disso, os serviços de manutenção foram afetados, paralisando centenas de aviões por falta de suprimentos para as devidas inspeções.
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