Um novo projeto da Boeing está ainda na prancheta, porém a maior dúvida da fabricante não seria sobre o seu desenho, mas sim sobre os seus motores.
As poucas informações deste novo projeto dão conta que ele deverá ser realmente novo, a exemplo do Boeing 787 Dreamliner, que foi feito do ‘zero’. Inclusive, o novo avião seria um substituto do 737, o mais popular avião da fabricante, que entrou em escrutínio após os acidentes com o MAX e fez o mercado questionar se a fabricante insistiu demais na renovação de uma mesma plataforma.
Para Stan Deal, CEO da divisão de jatos comerciais da Boeing, a grande questão está em torno dos motores, que seriam, inclusive, o destaque do próximo avião, assim como a fuselagem de material composto foi para o 787.
“Fazemos mais um avião com o sistema de propulsão atual ou já pulamos para a próxima tecnologia?”, se perguntou o executivo em uma conversa com a Bloomberg.
Atualmente, os motores dos aviões comerciais funcionam com querosene de aviação e com o princípio do motor a jato, onde o ar é sugado, comprimido, misturado com o combustível, onde é gerada a combustão, que gira as turbinas, gerando um jato de ar. Mas esta tecnologia, que tem apresentado economia de 15% entre uma geração e outra, está próxima do limite e a indústria também analisa uma opção mais ecológica.
As novas tecnologias de propulsão, ainda em amadurecimento, são as baseadas em hidrogênio e a elétrica, mas ainda estão longe de estarem prontas para uso em aviões comerciais.
A decisão da Boeing não foi batida e está longe disso, com a fabricante conversando ativamente com as empresas aéreas e fabricantes de motores, para definir o que será feito. A decisão, no entanto, tem um peso estratégico enorme e uma escolha errada poderia ser economicamente trágica.
