Correr atrás da vantagem aberta pela Airbus não está nos planos imediatos da Boeing, segundo afirmou o seu CEO.
Os problemas de produção da fabricante americana não são poucos e nem simples, e têm afetado todos os seus principais produtos: os jatos 737 MAX, principalmente, mas também o 787 Dreamliner, que tem suas entregas paralisadas, o 777X que está atrasado em cinco anos, e até o velho conhecido 767, que tem problemas na versão militar, a KC-46A.
Ao mesmo tempo, o mercado tem cobrado da Boeing um novo avião, principalmente para substituir o 757, ocupando o espaço entre o 737 MAX 10 e o 787-8, e primariamente competindo com o Airbus A321neo/LR/XLR.
O ponto principal é que resolver todos esses problemas de produção tem sido o foco da Boeing, que quer revolucionar a maneira de produzir os jatos, antes de lançar algo novo no mercado. Muitas destas tecnologias, segundo o Seattle Times, estão sendo testadas e implementadas no avião militar de treinamento T-7 Red Hawk, feito em parceria com os suecos da SAAB.
No entanto, essas tecnologias ainda não estão maduras, como afirmou Dave Calhoun, CEO da Boeing.
“Vai demorar ainda alguns anos até que estejamos confiantes que estas ferramentas estão testadas e maduras para que possamos implementar num próximo avião. Quando isso acontecer, vamos criar o próximo avião, não vamos fazer o contrário”, disse o executivo-chefe da gigante aeroespacial.
A citação do executivo se refere aos métodos que estão sendo implementados para corrigir os problemas que o 787 teve na fuselagem, criando imperfeições. Com o próximo avião, a Boeing quer garantir ele não esteja “à frente” das máquinas que vão fabricá-los, assegurando a perfeição do começo ao final do processo.
