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Boeing prevê “sangria de caixa” e prejuízo na divisão de jatos comerciais

Foto – DepositPhotos

Após os novos problemas no início do ano com o 737 MAX, a Boeing prevê uma grande perda de dinheiro com a saída de caixa. A expectativa é que a saída chegue a $4,5 bilhões de dólares, como informou o Diretor Financeiro (CFO) da Boeing, Brian West, durante uma conferência do Bank of America em Londres nesta quarta.

Como revelado pelo Seattle Times, West disse que “não estamos no momento que conseguimos administrar as saídas financeiras no curto prazo por estarmos trabalhando primeiramente na estabilidade. A nossa expectativa é que o fluxo de caixa seja mais previsível e numa posição melhor, mas isto levará tempo“.

Boa parte deste montante que sairá do caixa da Boeing será para pagar multas, compensações e arcar com prejuízos decorrentes da porta tampão que saiu voando num 737 MAX 9 da Alaska em 5 de janeiro.

Este incidente gerou repercussão negativa na empresa, que suspendeu a produção por alguns dias e está gastando mais tempo e dinheiro em verificações de segurança, e ao mesmo tempo as companhias aéreas estão demandando reembolsos pelo tempo sem seus novos jatos.

A expectativa é que a divisão de aviões comerciais da Boeing tenha um resultado negativo na ordem de 20%. Esta parte é historicamente a com maior faturamento e lucro da Boeing, sendo a principal responsável pelas divisas da empresa, sempre à frente do setor Espacial e de Defesa.

Apesar das notícias negativas, West esclareceu que a Boeing tem caixa suficiente para passar por esta fase, incluindo a compra da Spirit AeroSystems, que era uma subsidiária da fabricante e foi vendida, e agora está no processo de recompra.

“Acreditamos que reintegrar estas duas companhias (Boeing e Spirit) é a melhor escolha para a segurança e qualidade para a indústria aeroespacial. É sobre rodar um negócio não como um negócio qualquer, mas como uma fábrica, e estar focado”, conclui o CFO.

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