Sete passageiros que estavam a bordo do Boeing 737 MAX 9 operado pela Alaska Airlines, que sofreu uma descompressão rápida no voo AS-1282, no último dia 5, moveram a primeira ação coletiva contra a Boeing no caso. A ação legal alega um defeito de fabricação na aeronave sob a Lei de Responsabilidade do Produto do estado de Washington.
Uma das passageiras citadas no processo sofreu uma concussão em decorrência da despressurização e sofreu tanta pressão nos ouvidos devido à rápida descompressão que pensou que sua cabeça fosse explodir.
Iris Ruiz ficou com o ouvido sangrando e “chorou de preocupação porque, se morresse, sua filha adolescente não teria ninguém para cuidar dela”. Iris é um dos vários passageitos que estavam a bordo do voo que alegaram que suas máscaras de oxigênio não estavam funcionando corretamente e, como resultado, tinham dificuldade para respirar.
Já Renee Fisher, outra demandante, teria começado a desmaiar enquanto os pilotos desviavam a aeronave danificada de volta para Portland. Gwint Fisher, um parente de Renee, teve uma convulsão ao desembarcar, atribuindo-a ao estresse do incidente.
A ação coletiva tem como alvo a Boeing como fabricante da aeronave, não responsabilizando a Alaska Airlines como operadora, segundo aponta o Paddle Your Own Kanoo, que acessou o documento de abertura do processo.
Os advogados envolvidos no caso acreditam que o acidente resultou de um problema de fabricação. A reclamação cita o CEO da Boeing, Dave Calhoun, que reconheceu o caso como um erro da Boeing, implicando que a porta tampão não foi devidamente fixada à fuselagem durante a fabricação ou montagem.
A ação judicial também alega lesões físicas e trauma emocional aos passageiros, descrevendo o evento como chocante, aterrorizante e confuso. Os advogados representando os passageiros buscam determinar se a porta tampão foi instalada adequadamente na aeronave danificada, que a Alaska Airlines recebeu em novembro de 2023.
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