Apesar da recente recompra pela Boeing, a canadense Bombardier não deixará de ter peças fornecidas pela Spirit AeroSystems, do Kansas.
A empresa é hoje uma das grandes fornecedoras de componentes aeronáuticos no mundo, mas nos últimos anos teve uma significante queda de qualidade, que levou aos problemas na Boeing com jatos 737 MAX e 787 Dreamliner, mas também em menor nível de produção na Airbus, à qual fornece peças para os A220, A320, A350.
Porém, como parte do acordo para que a empresa fosse vendida para a Boeing, as unidades que fabricam componentes da Airbus precisam ser vendidas para a fabricante europeia, incluindo o A220, que originalmente é um projeto da canadense Bombardier (CSeries), mas foi comprado pela Airbus.
Como a Spirit também produz partes das fuselagens e caudas dos jatos executivos Challenger 350 e 650, da série de aviões executivos de grande porte Global 5500, 6500 e 7500, ainda existe uma grande relação da fornecedora com a Bombardier.
Em nota à imprensa, a Bombardier informou que “espera que seus contratos de fornecimento sejam mantidos nos mais altos padrões de qualidade e desempenho. A empresa continua ativamente envolvida com a Spirit como parte do curso normal dos negócios sob os contratos existentes”.
Desta maneira, a Boeing se tornou uma fornecedora direta da Bombardier, que é concorrente direta em alguns segmentos de defesa, como de aeronaves de alerta aéreo antecipado e ataque naval baseados na plataforma 737 e Global, respectivamente.
