Canadá segue em frente em contrato com a Boeing apesar das críticas da Bombardier

Foto – US Navy

O Boeing 737 deverá ser a mais nova arma das forças armadas canadenses, após o governo seguir em frente com uma licitação. A disputa hoje conta apenas com a Boeing para substituir os aviões de patrulha marítima e caça-submarino CP-140 Aurora (versão canadense do turboélice Lockheed P-3 Orion).

Atualmente, apenas a fabricante americana participa da disputa com o P-8 Poseidon, versão de patrulha marítima feita a partir do Boeing 737-800 Next Generation. Porém, a fabricante local Bombardier ofereceu uma versão armada do seu jatinho Global 6500 para competir com o P-8.

Segundo a rede canadense CBC informa, o governo reafirmou que o único avião que atende hoje aos requisitos do país é o P-8. “As outras ofertas são soluções parciais ou parte de subsistemas, ou baseadas em aviões que não foram desenvolvidos ainda ou requerem modificação extensa”.

O Global 6500 é uma aeronave relativamente menor que o P-8, logo leva menos armamentos e sensores. Por outro lado, a brasileira Embraer e a europeia Airbus não têm projetos hoje prontos ou em desenvolvimento ativo para uma aeronave caça-submarino.

A principal crítica vem da própria Bombardier que não foi colocada na disputa, e também pelos sindicatos de metalúrgicos locais, que acusam o governo de favorecer os EUA e gerar empregos no país vizinho enquanto poderiam gerar no Canadá, já que o 737 é fabricado em Seattle.

Uma data para assinatura do contrato com a Boeing ainda não foi definida e deverá ocorrer só no ano que vem.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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