CEO da Boeing deixará de ganhar US$ 7 milhões em bônus por causa do 777X

A Boeing, assim como outras grandes empresas globais, tem por prática atrelar a remuneração variável de executivos a metas de desempenho. Com isso, o atual CEO da companhia, Dave Calhoun, não receberá um bônus de US$ 7 milhões previsto para este ano, devido ao atraso na certificação do novo Boeing 777X.

Calhoun, que assumiu o cargo de CEO da Boeing em janeiro de 2020, teve sua remuneração baseada em metas como o retorno do Boeing 737 MAX, que foi temporariamente proibido de voar após dois acidentes, em 2018 e 2019, e a colocação do novo 777X no mercado.

O atraso na certificação do 777X, que estava prevista para o ano passado, mas passou por percalços, acabou sendo adiada para 2025, não permitindo a colocação do modelo no mercado este ano.

No entanto, apesar de não receber o bônus do 777X, Calhoun recebeu recentemente um pacote de ações no valor de US$ 5,3 milhões, desde que assumisse o compromisso de ficar na empresa pelos próximos anos. Ele poderá resgatar essas ações em 2024 e 2025.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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