A polêmica briga entre a Qatar Airways e a Qantas foi comentada pelo CEO da companhia árabe, que reclamou do tratamento dos australianos. O conflito gira em torno dos constantes pedidos da empresa árabe para ampliar voos na Austrália e as recorrentes negativas pelo governo local, que alega que eles causariam desequilíbrio, já que as rotas teriam um domínio de empresas estrangeiras.
Por outro lado, a Qantas não demonstra sinais de que quer ampliar as rotas para o Oriente Médio, o que soa para muitos como conveniência do governo australiano com a companhia aérea nacional, que naturalmente se beneficia de menos concorrência e, com isso, de tarifas mais altas.
No entanto, os consumidores australianos têm criticado a companhia aérea, que demitiram funcionários na pandemia para contratar terceirizados e vendeu passagens de voos que já estavam cancelados, causando uma crise na empresa que fez com que seu CEO saísse de maneira antecipada.
Do seu lado, o CEO da concorrente, a Qatar Airways, se pronunciou sobre o assunto após um grande período de silêncio, considerando que Akbar Al Baker é sempre vocal para defender sua companhia e não evita polêmicas.
Em entrevista com o jornalista Richard Quest da CNN, Al Baker, afirmou que “ficamos bastante surpresos pela negativa, é bem injusta, ainda mais após um tempo que apoiamos bastante a Austrália, repatriando cidadãos australianos e também tirando pessoal do país, levando suprimentos médicos e peças durante o pior período da pandemia. Enquanto sua companhia aérea nacional – Qantas – e seus parceiros pararam completamente de operar, estávamos lá pelo povo da Austrália”.
