Clandestino que embarcou em voo com a foto da passagem de uma menina é acusado de crimes

Um passageiro clandestino que conseguiu embarcar em um voo da Delta Air Lines no mês passado tirando uma foto do cartão de embarque de uma menina foi indiciado por crimes de segurança nacional após um julgamento por um júri federal dos EUA.

Wicliff Yves Fleurizard, de 26 anos, foi descoberto depois de embarcar no avião em Salt Lake City e não haver um lugar para ele sentar. Desconfiados, os comissários de voo foram checar a informação sobre a presença do homem e viram que ele não era passageiro daquele voo. A polícia acabou sendo chamada.

Fleurizard disse às autoridades que estava tentando voltar para a Flórida com um bilhete da Southwest Airlines, como parte de um benefício de um amigo que trabalha na empresa. No caso, ele apenas embarcaria se houvesse espaço vazio no voo. Naquele dia, no entanto, todos os voos da Southwest estavam lotados, então ele elaborou um plano para entrar em outro voo sem um bilhete.

Imagens de vigilância mostram Fleurizard rondando a área do portão do voo DL-1683 da Delta para Austin em 17 de março, tirando furtivamente fotos de cartões de embarque de outros passageiros.

No final, os promotores alegam que Fleurizard usou uma foto de um cartão de embarque pertencente a uma menina para passar pelos agentes do portão e entrar no avião. Uma vez a bordo, Fleurizard se escondeu no lavatório, presumivelmente esperando até que todos estivessem a bordo, permitindo que ele ocupasse qualquer assento vago.

Mas assim que Fleurizard saiu do lavatório, ele caminhou para a parte de trás do avião e descobriu que não havia assentos vagos. Fleurizard imediatamente se trancou em um lavatório na parte de trás do avião antes de sair novamente e procurar um assento livre.

Neste ponto, a aeronave já estava taxiando na pista e Fleurizard não tinha onde sentar. Um comissário de bordo interveio, e Fleurizard afirmou que estava reservado no assento 21F, apesar de um passageiro que já estava sentado lá mostrar ao comissário de bordo seu cartão de embarque.

As comissárias de bordo, então, usaram seus telefones celulares fornecidos pela empresa para pesquisar o sistema de reservas da Delta e, neste ponto, perceberam que Fleurizard não só não deveria estar neste voo, mas também não deveria estar em nenhum voo da Delta.

Fleurizard agora foi indiciado por ser um passageiro clandestino em uma aeronave e por fraude. Se considerado culpado pela acusação, Fleurizard enfrenta uma sentença máxima de 10 anos de prisão por fraude de dispositivo de celular, enquanto a acusação de passageiro clandestino acarreta uma pena máxima de 5 anos de prisão.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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