Com 3 ações operacionais, Brigada Paraquedista faz exercício com mais de 70 horas de voo

Imagem: Brigada de Infantaria Pára-quedista

No último dia 25 de agosto a Operação Saci 2023, um extenso exercício de adestramento aeroterrestre, foi concluída pela Brigada de Infantaria Paraquedista. Esse exercício, que teve o apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), é realizado anualmente desde 1976. Durante este ano, aproximadamente 2.500 militares, tanto do segmento feminino quanto masculino, deslocaram-se para o interior de São Paulo, onde permaneceram de 15 a 25 de agosto.

Além das atividades militares, ocorreu também o Estágio de Correspondentes Militares (ECAM), durante o qual 12 estudantes do curso de jornalismo da PUC Campinas tiveram a oportunidade de receber instruções e acompanhar a atuação em um cenário de risco.

De maneira inédita, a Brigada de Infantaria Pára-quedista dividiu suas tropas em três ações operacionais: a certificação do 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (Força-Tarefa Velame) como Força de Prontidão; a execução das ações táticas da Operação Saci pelo 25º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (Força-Tarefa Afonsos) e pelo 26º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (Força-Tarefa Santos Dumont); e a notável colaboração com a Força Aérea Brasileira na Operação Zeus, que fez parte da Avaliação Operacional Contratual do KC-390.

As Forças-Tarefas da Operação Saci 2023 foram alocadas em Campinas, Pirassununga e Itirapina, cidades com distâncias que variavam entre 30 a 100 quilômetros. Essa logística ratificou a importância das comunicações paraquedistas, que permitiram a transmissão constante de dados de inteligência entre as tropas. 

Também foram realizadas 1.391 aberturas de paraquedas, com o emprego de cinco aeronaves. Ao todo, foram 70 horas de voo, com partidas e chegadas de seis aeródromos, tanto civis, como o Aeroporto Internacional de Viracopos, quanto militares, como o aeródromo Campo Fontenelle, da Academia da Força Aérea, que teve tráfego aéreo exclusivo para a Operação.

Todas as funções de combate trabalharam de forma sinérgica e integrada. Uma das atividades de destaque foi o inédito aerotransporte da Viatura Blindada de Transporte de Pessoal – Média de Rodas (VBTP-MR), 6×6 Guarani, de 18 toneladas.

Dentre as experimentações doutrinárias, a Força-Tarefa Biguá foi certificada para o lançamento de um Batalhão armado e equipado sobre massa d’água à noite, capacidade do Exército Brasileiro (EB) que demonstra flexibilidade para desdobramentos das tropas na região amazônica.

Imagem: Brigada de Infantaria Pára-quedista

De acordo com o Comandante da Brigada, General de Brigada Adriano Fructuoso da Costa, os números comprovam a importância da Operação Saci 2023 para o adestramento avançado das frações aeroterrestres, além de ratificar a interoperabilidade e a prontidão das unidades paraquedistas, capazes de atuar em qualquer região do Brasil.

Ao final da Operação Saci 2023, a Brigada de Infantaria Pára-quedista foi certificada, mais uma vez, como Força de Prontidão do Exército Brasileiro, ratificando a característica da tropa aeroterrestre como tropa de elite, de pronto emprego e de alto grau de operacionalidade, integrante da Força de Ação Rápida Estratégica do Exército.

Ação cívico-social

Como é tradição do Exército, as operações militares são acompanhadas de ações sociais em benefício da comunidade local. Essas ações foram coordenadas pela 21ª Bateria de Artilharia Antiaérea Pára-quedista. A unidade visitou escolas de ensino médio em Campinas, Pirassununga e Itirapina, onde realizaram exposição de material militar, palestras sobre formas de ingresso na carreira militar e, ao final, os alunos e professores também puderam assistir à apresentação da Banda da Brigada de Infantaria Paraquedista. 

Informações do Exército Brasileiro

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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