Com meteorologia impiedosa, unidade da FAB no Sul do país registra neve

Imagem Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) está trabalhando em temperatura negativa para assegurar o controle do tráfego aéreo em algumas regiões do país. Na madrugada da última terça-feira (17), a temperatura no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Morro da Igreja (DTCEA-MDI), em Santa Catarina (SC), chegou a -2,4ºC, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Apesar do clima desafiante, cerca de 42 militares da Organização reforçaram a quantidade de peças do uniforme para honrar a missão de prover os meios necessários para a defesa, a segurança e o controle do espaço aéreo no sul do Brasil.

“Dentre os desafios de trabalhar em local com temperatura negativa destaca-se o planejamento para que o efetivo e as atividades militares e técnicas desempenhadas no DTCEA-MDI não sejam afetadas”, explicou o Comandante da Unidade, Major Especialista em Comunicações Fábio Barbosa Laureano Luiz. 

No que diz respeito aos equipamentos, o Oficial ainda destacou outras dificuldades. “Ressalta-se que o tanque de combustível dos geradores possui resistências de aquecimento, a fim de que o combustível não seja congelado com as baixas temperaturas e afete, por exemplo, o desempenho do equipamento em caso de eventual falta de energia da concessionária”, complementou.

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Para garantir a segurança de todo o efetivo, outras medidas de segurança são tomadas para possibilitar a continuidade do serviço, como disponibilizar lenhas, reserva de água e alimentos, reforço das vestimentas, como o uso do abrigo polar pelas equipes de serviço, tendo em vista as temperaturas negativas e o risco de forte nevasca, como já ocorreu em anos anteriores.

“Há preparativos também quanto ao emprego da viatura, como treinamento do motorista para direção e colocação de correntes em pneus, em caso de gelo na pista, bem como os cuidados com os fortes ventos, a fim de que não tenhamos acidentes por deslizamento em pista congelada ou danos ao veículo em virtude dos fortes ventos que atingem o Morro da Igreja”, concluiu o Comandante.

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Onda de frio

O frio atípico nessa época no Brasil é devido a um deslocamento da massa de ar polar e coincide com a passagem de um ciclone extratropical, o que traz umidade e possibilita a ocorrência de eventos incomuns, como queda de neve e precipitação da chamada “chuva congelante”. 

O avanço se dá em razão da tempestade subtropical Yakecan, que se formou no sul do continente no fim da primeira quinzena do mês. A onda de frio deve permanecer até o dia 22 de maio.

Informações da Força Aérea Brasileira

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Juliano Gianotto
Juliano Gianotto
Ativo no Plane Spotting e aficionado pelo mundo aeronáutico, com ênfase em aviação militar, atualmente trabalha no ramo de fotografia profissional.

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