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Comissária de voo quer lutar contra passageiro que a denunciou por usar bandeira Palestina no uniforme

Foto via DepositPhotos

Uma tripulante de cabine de um voo da australiana QantasLink foi acusada por um passageiro de tornar a viagem desconfortável devido ao uso de um broche com a bandeira palestina. A história foi contada pelo AEROIN e o caso aconteceu em um voo no dia 20 de dezembro de Melbourne para Hobart, na Tasmânia.

Agora, em uma reação vigorosa a comissária prometeu se opor ao reclamante. Em uma publicação nas redes sociais (abaixo), a tripulante pede ajuda para identificar o reclamante.

“Olá, imploro para que vocês vejam isso! Sou uma comissária de voo que trabalha para a Qantas e uma forte defensa de uma Palestina livre. Minha foto está sendo publicada em todos os lugares pela Sky News Australia por usar um broche da Palestina durante meu turno, eu preciso toda a ajuda possível. Ainda terei uma conversa com minha empresa e meu emprego. De toda forma, se isso prejudicar minha carreira, eu preciso de toda a ajuda que puder para lutar contra a pessoa que me reportou à mídia”, disse ela.

Segundo a Qantas, o uso do alfinete contrariou as normas da empresa referentes aos uniformes, mas não deve punir a profissional. A companhia aérea reforçou que está orientando a tripulação sobre essa política e afirma: “Os tripulantes de cabine não podem usar crachás, a menos que façam parte da política de uniformes aprovada. Todo cliente deve se sentir seguro e respeitado ao voar em uma aeronave Qantas”.

O final do ano passado foi marcado por declarações pró-palestinas e ativismo por parte da tripulação de voo da Qantas. Em um dos voos da low-cost Jetstar, também da Qantas, de Melbourne para Ballina, uma comissária de bordo finalizou o anúncio na decolagem com o grito “Free Palestine!”. A companhia aérea afirmou que houve uma investigação e concluiu que o passageiro pode ter “entendido mal”.

Além disso, uma cidadã israelense, que voltava para Brisbane e cujos amigos foram mortos em ataques terroristas no dia 7 de outubro, alega ter sido informada no check-in da Qantas que seu “governo está caindo” como consequência dos ataques promovidos pelo Hamas, e que “é terrível o que o seu governo está fazendo”.

Nos Estados Unidos, já houve casos de passageiros retirados de aeronaves devido a manifestações políticas. A maioria das pessoas concorda que avião não é local para expressões políticas, especialmente quando os passageiros em volta são obrigados a presenciar.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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