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Compahia aérea australiana QANTAS completa 99 anos

Aos 99 anos, a empresa de bandeira australiana Qantas apelidada de “Canguru Voador” está no seu auge com uma operação sustentável, aviões modernos e ações em prol do desenvolvimento da aviação do futuro.

Qantas Australiana

Com tantos anos nas costas e tendo testemunhado uma boa parte da história contemporânea, milhares são as histórias envolvendo a maior empresa aérea da Austrália. No entanto, gostaríamos de começar essa matéria com a resposta para a, talvez, mais frequente das perguntas que a empresa recebe: de onde vem o nome QANTAS?

Na verdade, trata-se de um acrônimo para seu nome original “Queensland and North Territories Air Services”, dado em sua fundação aos 16 de novembro de 1920, por ex-aviadores da Primeira Guerra Mundial que reconheceram que apenas a aviação poderia colmatar a tirania da distância que definia a vida nos vastos espaços abertos do “país-continente” australiano.

Primeiros passos

Eles tinham uma visão para uma companhia aérea nacional que ligaria a Austrália ao mundo, mas eles tiveram que começar pequenos. Em 1921, eles começaram a “invadir” o interior em um pequeno avião em voos fretados e ambulância-aérea, no mesmo ano aconteceu o primeiro voo regular de passageiros.

Em 1926, quando o primeiro engenheiro foi contratado e começou a trabalhar em uma nova frota, a Qantas se tornou a única companhia aérea do mundo a construir, voar e manter suas próprias aeronaves. Na década de 1930, a empresa já havia espalhado suas asas no exterior, ligando a Austrália aos demais territórios bretões na região.

No fim dos anos 1930, a empresa foi chamada ao serviço nacional durante a Segunda Guerra Mundial, transportando tropas e largando suprimentos nas copas das árvores na Nova Guiné. Quando Cingapura caiu, a Qantas operou voos recordes de 30 horas sobre o Oceano Índico para manter uma ligação aérea com a Bretanha. Os pilotos navegavam guiados pelas estrelas em total silêncio de rádio e os passageiros observavam o sol nascer duas vezes.

Na meia-idade

Após a guerra, a Qantas tornou-se oficialmente a companhia aérea nacional da Austrália. Em 1959, operou o primeiro serviço de jato de passageiros para Inglaterra e os EUA a bordo do Boeing 707. Em 1979, era a única companhia aérea do mundo com uma frota composta inteiramente por Boeing 747. E nos anos seguintes, a Qantas mudou os voos de longo curso a cada nova década. Nos anos 70, ela também inventou a classe executiva.

Nos anos 80, introduziu o programa de passageiro frequente. Nos anos 2000, lançou a Jetstar, que reduziu o custo de voar para todos. E no ano passado, a Qantas conectou a Austrália e a Europa com um voo sem escalas pela primeira vez, voando de Perth para Londres a bordo do Boeing 787-9 Dreamliner.

Hoje

Segundo a Qantas, por quase 100 anos, em tempos de guerra e paz, celebração nacional e serviço nacional, ela incorporou o espírito da Austrália e seu povo. É esse espírito – junto com a sabedoria da experiência, uma reputação de segurança e um histórico de inovação – que a guia para seu segundo século. Com um lucro consistente na última década, a empresa demonstra uma base sólida. Atualmente, a empresa e suas subsidiárias Jetstar, Qantas Link e Qantas Freight operam uma frota de mais de 300 aeronaves.

E, se pararmos para pensar e refletir em todas essas ações que a companhia vem fazendo ao redor do mundo, podemos ter segurança de que ela ainda vai muito longe.

A australiana no Brasil

A aérea opera atualmente na América do Sul com voos para Santiago do Chile com o Boeing 787, e chegou a ensaiar um voo para Buenos Aires, mas a rota foi cancelada. Ao Brasil a empresa nunca voou regularmente, mas seus aviões já foram vistos em nossos aeroportos como no Rio de Janeiro ou de Foz do Iguaçu, sempre em ocasiões especiais como a Copa do Mundo, Jogos Olímpicos ou voos de fretamento.

Boeing 747-400 da Qantas em Santiago do Chile

É certo que o desejo de voar ao nosso país sempre foi grande, embora a distância sempre tenha se imposto como fator impeditivo. No entanto, com o avanço dos testes de voos de ultra-longa distância, esse objetivo parece se aproximar e o Rio de Janeiro já foi apresentado em mais de uma oportunidade como um dos “sonhos” da Qantas. Se tudo der certo, estes voos podem começar até 2023.

Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.
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