Em um movimento sem precedentes para quebrar as barreiras de gênero e estereótipos de longa data, a easyJet, companhia aérea de baixo custo britânica, anunciou uma Escola de Voo de Verão exclusiva para crianças de 7 a 12 anos. Esta iniciativa única visa inspirar a próxima geração de aviadores, oferecendo experiências de treinamento gratuitas para futuros pilotos e comissários durante as férias de verão.
A Summer Flight School, programada para começar em 21 de agosto, é parte integrante da estratégia da easyJet para incentivar uma maior diversidade na indústria da aviação. A iniciativa tem como alvo a percepção dos meninos, principalmente porque pesquisas recentes sobre companhias aéreas revelam que 37% dos meninos ainda acreditam que pilotar é uma profissão exclusivamente masculina.
O novo programa oferece experiências práticas de treinamento, onde as crianças terão a oportunidade de assumir os controles de um simulador de voo de Airbus A320, aprender sobre o serviço de passageiros a bordo e interagir com pilotos e tripulantes reais. Essas sessões interativas são projetadas para desafiar os estereótipos e educar as mentes jovens sobre as realidades das carreiras na aviação.
A importância desta iniciativa torna-se evidente quando se considera que apenas cerca de 6% dos pilotos ao nível mundial são mulheres. O foco da easyJet em lidar com esse desequilíbrio de gênero resultou no número de pilotos do sexo feminino quase triplicando desde 2015.
Uma pesquisa recente da companhia aérea, envolvendo 2.000 pais e filhos britânicos, revela que dois terços dos pais acreditam que há equívocos sobre os papéis de gênero na aviação. Curiosamente, nota-se uma mudança positiva, com 68% das meninas pesquisadas acreditando que tanto meninos quanto meninas poderiam ser pilotos. No entanto, as percepções ainda são distorcidas, com 28% dos meninos e a mesma proporção de meninas mantendo crenças de gênero exclusivas sobre os papéis da tripulação de cabine e dos pilotos.
“Estamos muito satisfeitos em levar as famílias aos bastidores com nossa Summer Flight School, não apenas para oferecer um passeio único e emocionante durante as férias escolares, mas também porque esperamos que inspire a próxima geração de pilotos e tripulantes de cabine, apresentando aos jovens que suas aspirações não precisam ser restringidas por estereótipos ultrapassados e ajudando a ampliar seus horizontes”, disse Jane Storm, Diretora de Pessoas da easyJet.
A instrutora e comandante da easyJet, Kate West, que disse ter sofrido preconceito de gênero, também enfatizou a importância do programa: “Disseram-me na escola que ser piloto não era uma opção de carreira adequada para mim, então sei por experiência como é importante desafiar esses equívocos, que sabemos que podem começar em uma idade jovem. Modelos e consciência de nossos trabalhos como pilotos e tripulantes de cabine são uma grande parte disso, então estou muito feliz que nossa Escola de Verão esteja dando às crianças essa oportunidade neste verão, incluindo o primeiro gosto de pilotar uma aeronave”.
A maioria das crianças em idade escolar concordaram que pilotar um avião era a coisa mais emocionante que poderiam experimentar durante o verão (70%), com metade delas confessando que ser piloto ou tripulante de cabine seria o emprego dos sonhos.
Segundo noticia o Aviacionline, a Escola de Voo de Verão da easyJet ocorrerá no centro de formação da companhia aérea no Aeroporto de Gatwick, em Londres, com lugares disponíveis para reserva gratuita desde a última segunda-feira, 7 de agosto.
A companhia aérea espera não apenas despertar um novo interesse na aviação, mas também oferecer uma oportunidade educacional e divertida de baixo custo, de acordo com 92% dos pais que valorizam o entretenimento educativo para seus passeios em família. As inscrições são feitas no site da companhia.
Ao alavancar a educação, atividades práticas e exposição direta a profissionais da aviação da vida real, a easyJet pretende remodelar o futuro da indústria da aviação, com uma criança de cada vez dando um passo significativo em direção à inclusão e ao equilíbrio de gênero.
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