A ExpressJet Airlines, com sede em Atlanta, planeja retomar suas operações sob nova propriedade e começar a voar no segundo semestre de 2024. A transportadora, que esteve inativa desde setembro de 2020, notificou o Departamento de Transporte dos EUA (DOT) sobre seus planos de retomar o transporte aéreo fretado.
De acordo com o documento encaminhado ao governo americano, a ExpressJet pretende operar um único Boeing 777-200ER em voos fretados domésticos e internacionais, começando com uma aeronave alugada da empresa irmã Logistic Air.
O avião, um Boeing 777-200ER de 18,3 anos de idade que anteriormente voava pela Japan Airlines, passará por manutenção pesada e reforma da cabine antes de iniciar as operações. A ExpressJet ainda não revelou o layout de assento planejado para a aeronave.
A companhia aérea informou que não pretende se envolver em negócios regulares de passageiros, enfocando exclusivamente os voos fretados de maior densidade. A nova propriedade da ExpressJet, junto com o acesso a capital adequado, espera reposicionar a empresa como um concorrente viável no setor de aviação dos EUA.
A ExpressJet suspendeu suas operações pela primeira vez em setembro de 2020, após a United Airlines encerrar seu contrato de compra de capacidade. Posteriormente, a empresa tentou retomar as operações como uma companhia aérea regional independente sob a marca aha!. No entanto, o relançamento não teve sucesso e a operadora foi fechada novamente em agosto de 2022.
Durante a reestruturação sob o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, a ExpressJet foi adquirida pela Polaris 8 LLC, que também é proprietária da Logistic Air e da Global SuperTanker Services.
Era a maior operadora de Embraer ERJ-145
Antes da pandemia, a ExpressJet atendia a mais de 100 destinos nos EUA, Canadá e México, com mais de 3.300 voos semanais a partir de Chicago, Houston e Newark. Fundada em 1986, tinha cerca de 3.000 funcionários no início do ano.
Em fevereiro de 2020, a empresa chegou a divulgar planos de adicionar 36 ERJ-145 de 50 assentos a sua frota, o que a tornaria a maior operadora do modelo na história (além de já ser a maior operadora no mundo), com quase 130 aeronaves em atividade.
Ao longo de sua história, a empresa norte-americana operou um total de 294 aeronaves dos modelos E135 e E145, segundo dados do Planespotters.net.
