A Delta Air Lines prevê que a Boeing só começará a entregar o 737 MAX 10 em 2027. A Boeing tem enfrentado vários obstáculos para tentar obter a certificação do seu 737 MAX 10, o membro mais velho da família.
Após o incidente do voo 1282 da Alaska Airlines, em janeiro, a Boeing está sendo controlada muito mais rigorosamente pela FAA. Isso tem gerado preocupações, tanto internas quanto externas, sobre as certificações dos dois extremos da família, o MAX 7 e o MAX 10, reporta o Aviacionline.
Nesse contexto, Ed Bastian, CEO da Delta, indicou que a companhia aérea está planejando com base na expectativa de não receber o 737 MAX 10 até quase o final da década. “Já estávamos prevendo que, se chegasse em 2025, seria no final do ano“, disse Bastian em entrevista à Bloomberg. “Minha opinião é que será um ou dois anos mais tarde.” O líder acrescentou que a empresa sob sua responsabilidade está “confortável” com as proteções negociadas para possíveis atrasos. A Delta atualmente não opera nenhuma das variantes do MAX.
Bastian se junta assim ao seu homólogo da United Airlines, que há um mês declarou estar reconsiderando seus planos de frota devido aos contínuos atrasos na entrada em serviço do Boeing 737 MAX 10. Scott Kirby, CEO da United, não escondeu sua frustração com o fabricante. O avião, para Kirby, está atrasado cinco anos “no melhor dos casos“.
Kirby apontou “a paralisação do MAX 9 como a gota d’água. Vamos construir um plano de frota que não inclua o MAX 10, pelo menos como uma alternativa hipotética.” A United espera seus MAX 10 desde, pelo menos, agosto de 2018. A companhia aérea esperava operá-los em 2020, com o objetivo de substituir aeronaves mais antigas.
O MAX 10 representa mais de um quinto dos pedidos pendentes da aeronave.
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