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O governo dominicano resolveu avançar com uma medida para controlar a entrada de novas variantes da COVID-19 em seu território por conta do avanço da terceira onda de infecções, que já forçou o estabelecimento de toques de recolher generalizados até 9 de junho – afetando a circulação na rua, mas não restringindo as atividades dentro dos resorts.
A autoridade de aviação civil local (JAC) emitiu uma resolução no último fim de semana através da qual implementa como requisito de entrada para passageiros do Brasil, Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) e África do Sul a apresentação de PCR ou Antígeno negativo para COVID-19.
Conforme relata nosso parceiro argentino Aviacionline, os testes devem ser feitos dentro de 72 horas antes da chegada à República Dominicana, e se aplicam tanto para aqueles que vêm em voos diretos desses países quanto para aqueles que fazem conexão em um terceiro país.
No caso do Reino Unido, a medida vigorará, em princípio, até 3 de junho, enquanto para Brasil e África do Sul, até 29 de junho.
“Publicamos esta resolução no marco das novas medidas adotadas pelo governo dominicano, para controlar a evolução da pandemia em nosso território. Para isso, consultamos o Gabinete de Saúde e as diferentes instituições que convergem no setor da aviação civil e do turismo dominicano.”, disse José E. Marte Piantini, presidente do JAC.
Recuperação dos dominicanos
Com esquemas flexíveis de entrada na fronteira, a República Dominicana é um dos países que lidera a recuperação do turismo na América Latina e no Caribe. Quem chega não deve fazer quarentena ou fazer exames (exceto agora no caso do Brasil, Reino Unido e África do Sul).
Em aeroportos e portos, um teste de bafômetro rápido e aleatório é realizado em 3% a 15% dos passageiros e em todos aqueles com sintomas, isentando crianças menores de cinco anos e membros da tripulação.
O país também oferece um plano de cobertura médica gratuita para todos os turistas internacionais que chegam em voos comerciais e se hospedam em um hotel, que cobre despesas relacionadas à COVID-19 enquanto eles estiverem no país, como cuidados médicos, traslados médicos, traslados de parentes, isenção de multa para alteração de passagem e hospedagem para estadias longas, entre outros benefícios.
O único requisito atual para entrar é preencher previamente um e-ticket que combine os formulários do Cartão Internacional de Embarque e Desembarque, a Declaração de Alfândega e a Declaração de Saúde do Viajante.
Segundo dados do Banco Central da República Dominicana, entre 2010 e 2019 o turismo representou 8,4% do Produto Interno Bruto do país, e as receitas do turismo representaram 36,4% das exportações de bens e serviços em 2019.
Na última década, o país recebeu investimentos estrangeiros diretos de US$ 4,9 bilhões relacionados a essa atividade, equivalentes a 19,4% do total entre 2010 e 2019 (atingindo um pico de 29,3% no ano passado).
