O pequeno notável da Embraer e jato brasileiro de maior sucesso da história, o E175-E1 continuará a ter mercado por um bom tempo. Estas são as projeções da Embraer para o seu best-seller, com mais de 800 jatos entregues e mais de 700 ainda para serem produzidos, o E175-E1 é o líder absoluto de mercado.
Além da qualidade da aeronave, ela tem algo que hoje nenhuma aeronave fabricada no mundo consegue: o acesso ao mercado regional americano.
Por limitações dos acordos entre as grandes linhas aéreas, as regionais e os sindicatos de pilotos, as regionais sub-contratadas pelas grandes não podem ter jatos com mais de 39 toneladas de peso máximo de decolagem e nem mais do que 76 assentos.
Hoje, o E175-E1 é o avião mais próximo do limite superior, o que dá bastante aderência ao modelo para o mercado americano. Sua nova versão, o E175-E2, porém, está quase 6 toneladas mais pesado e, mesmo sendo mais econômico, não tem acesso ao mesmo mercado.
A Embraer projeta que os jatos E190-E2 e E195-E2 sejam responsáveis por 65% das entregas da divisão comercial em 2025 e em torno de 35% sejam para o E175-E1, que mesmo sendo um avião que começou a voar no início do século, tem o seu mercado cativo.
“Nós teremos muito mais oportunidades para o E1 nos próximos 10 anos”, afirmou Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer, durante a divulgação dos resultados da fabricante brasileira para o segundo trimestre de 2023.
O conforto da Embraer vem do fato de que, muito provavelmente, em 10 anos não existe tempo hábil para uma concorrente aparecer, lançar um projeto, conquistar público, certificar, vender e iniciar os voos com ele. E, mesmo que tivesse, a Embraer ainda está na vantagem de ter um projeto que apesar de ser “inadequado” a realidade, tem espaço para ser readaptado.
