A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, lançou estudos para uma variante de patrulha marítima do avião comercial E190-E2 e já está negociando com possíveis parceiros de desenvolvimento em países estrangeiros. Segundo o CEO da Embraer Defesa e Segurança, João Bosco Costa Junior, a intenção é continuar as negociações durante o Dubai Airshow, informou a Aviation Week.
A configuração estudada inclui um E190-E2 altamente modificado, com um radome inclinado para baixo instalado no nariz, mísseis antinavio na barriga da fuselagem e um compartimento interno na fuselagem traseira para o transporte de sonobóias. No entanto, é provável que o design evolua durante os estudos de configuração.
De acordo com Bosco, ainda não há uma configuração finalizada. O objetivo agora é avaliar todas as possibilidades e soluções disponíveis no mercado para criar o melhor produto possível e encontrar rapidamente um cliente em potencial para o lançamento.
Esses estudos para uma aeronave de patrulha marítima baseada no jato regional E190-E2 poderiam proporcionar à Embraer a opção de substituir nove P-3C Orion da Força Aérea Brasileira, que foram adquiridos como aeronaves usadas da Marinha dos Estados Unidos em 2006.
Caso seja formalmente lançada para desenvolvimento, essa aeronave de patrulha marítima projetada pela Embraer com base no E190-E2 seria uma das primeiras aeronaves comerciais de grande porte movidas a turbofan a entrar nesse segmento de mercado desde a introdução do Boeing P-8A pela Marinha dos EUA há mais de uma década. O E190-E2 é equipado com turbofan Pratt & Whitney PW1900.
Em 2020, o Paquistão selecionou o Embraer Lineage 1000, uma variante do jato regional E190 com motor General Electric CF34-8, para realizar missões de patrulha marítima.
