Um problema de dez anos atrás voltou a aparecer no Airbus A380, forçando quatro deles a ficarem fora de operação na Emirates, maior operadora do gigante dos ares.
Em 2012, os A380 mais usados da australiana Qantas tiveram trincas de até 2 centímetros de comprimento nas nervuras que ficam entre a longarina central e a longarina traseira da asa. Na época, foram feitos reparos com a troca do tipo de alumínio utilizado na estrutura e a agência europeia de aviação civil, a EASA, ordenou que todos os jatos A380 tivessem suas asas inspecionadas a cada 15 anos, a contar da data de fabricação delas.
Agora, o problema voltou e fez com que a Emirates enviasse quatro jatos A380 para Toulouse, onde eles foram fabricados, para uma inspeção mais detalhada e reparos, já que não existe espaço disponível para este serviço em Dubai.
Ainda assim, a Airbus mandou 60 engenheiros para os Emirados Árabes Unidos para fazerem um trabalho preventivo no restante da frota, como reporta a revista Aviation Week.
Segundo o CEO da Emirates, Tim Clark, a Airbus está cuidando de tudo e o problema também afeta outros operadores, sem dar mais detalhes. O problema estaria agora na junção inferior da longarina traseira externa entre as nervuras de número 33 e 49, e também na longarina interna dianteira, entre as nervuras 8 e 14, e por fim nas longarinas externas dianteiras entre as nervuras 38 e 49.
O tamanho das trincas não foi divulgado, mas foi revelado que um avião, de matrícula A6-EDQ, já está na França passando por reparos, como mostra a foto abaixo:
Emirates #Airbus #A380 A6-EDQ (msn 80) moved to its maintenance hangar last week. 🇦🇪 #AvGeeks pic.twitter.com/RWeBglnwti
— Aviation Toulouse (@Frenchpainter) December 13, 2022
O maior problema seria o surgimento destas trincas antes do prazo de 15 anos, que pode resultar em inspeções adicionais obrigatórias nos aviões que já não mais produzidos.