Uma gravação no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), neste último domingo, dia 12 de fevereiro, captou o momento em que um Boeing 767 precisou ser colocado de volta na posição de parada no pátio, em decorrência de um engano na operação de um Boeing 747 que taxiava após pousar.
As imagens no vídeo a seguir, gravadas no final da manhã do domingo, foram publicadas pelo canal Plane Spotting Manaus HD no YouTube. Abaixo, há também o áudio das comunicações da frequência de controle de tráfego aéreo.
O Jumbo Jet visto nas cenas acima é o Boeing 747-400F registrado sob a matrícula N499MC, da companhia norte-americana Atlas Air, que chegou a Manaus no voo GTI-39, proveniente de Miami.
Após o pouso pela cabeceira 11, os pilotos taxiaram o grande avião cargueiro rumo à área de carga do aeroporto manauara, porém, avançaram além de uma posição em que precisariam parar e aguardar, antes de entrar na taxiway B (Bravo), até que um Boeing 767 da Latam Cargo, que estava prestes a partir, taxiasse rumo à pista.
Porém, aparentemente, houve uma falha na comunicação entre os pilotos e o controlador de tráfego aéreo, fazendo com que não ficasse claro que precisavam parar antes da taxiway B.
Quem acompanhava a frequência de comunicação da Torre de Manaus pôde ouvir as seguintes mensagens após o pouso do Jumbo (ouça no player ou veja a transcrição e tradução logo abaixo):
Controlador: Giant three nine, on the ground at two three, taxi to end of taxiway Bravo, remain frequency (ou seja: Giant 39, no solo aos 23 minutos, taxie até o fim da Bravo, mantenha esta frequência de comunicação).
Piloto: Bravo, remain with you, Giant three nine (ou seja, taxiway Bravo, manter sua frequência, Giant 39.
Algum tempo depois da comunicação acima, a mensagem seguinte já foi o controlador informando aos pilotos para pararem a aeronave quando ela estava entrando na taxiway Bravo.
Com o Jumbo no caminho do 767 para a pista, e o 767 no caminho do Jumbo para o pátio, a solução foi aproveitar que o veículo de reboque ainda estava conectado ao 767 para movê-lo de volta à posição em que estava no pátio, liberando a passagem para o Boeing 747.
Quem acompanhava a frequência de comunicação da Torre de Manaus pôde ouvir que, inicialmente, foi cogitado empurrar o Boeing 767 para trás para permitir a entrada do Boeing 747 na posição do pátio, porém, o pavimento atrás do 767 não possuía resistência suficiente para seu peso, por isso foi necessário colocá-lo de volta na posição em que tinha saído.
