Equipamento “usado” em aeroporto “novo” causa polêmica no Rio Grande do Sul

Reinaugurado e modernizado recentemente, o aeroporto Lauro Kortz, em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a 289 km de Porto Alegre, vem sofrendo reclamações de passageiros, mesmo possuindo um terminal “novo em folha”.

O aeroporto, que foi reconstruído com investimento de mais de R$ 50 milhões, incluindo a recuperação da pista de pouso e decolagem, instalação de equipamentos de auxílio à navegação, balizamento a LED e constituição de um pátio para aeronaves e de um terminal com mais de dois mil metros quadrados, além de uma subestação e uma central de utilidades, pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), está sendo “acusado” de utilizar equipamentos usados e desgastados em seu terminal.

Segundo reportagem da Rádio Uirapuru, que recebeu mensagens e denúncias de ouvintes, há esteiras de bagagem riscadas com sinais de usos, com partes “machucadas”, além do equipamento de Raio-X também já usado em outro aeroporto do Rio Grande do Sul. As principais indagações são as de que o terminal é novo, foi construído com investimentos e recursos do Governo Federal e estadual, mas utiliza equipamentos usados.

Afinal, pode isso?

A princípio, não há nenhum tipo de lei ou determinação que proíba que a administradora do aeroporto, a estatal brasileira Infraero, contratada pelo governo gaúcho, utilize equipamentos usados, desde que estejam funcionando e em plenas condições para cumprir seu propósito.

O governo do estado, hoje administrado por Eduardo Leite (PSDB) havia feito um contrato com a estatal vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos para que ela gerisse o aeródromo. No contrato, o RS paga um valor mensal de R$ 266 mil, para que a Infraero cuide do aeroporto em termos de gestão e manutenção, assim como atue na aquisição e responsabilidade sobre os equipamentos e mobiliários do Terminal, como as esteiras, balcões, raio x, entre outros.

E é por conta dessa responsabilidade da empresa da União e de uma cessão de uso não onerosa conquistada pela Infraero sobre os equipamentos que as esteiras de bagagem, entre outros equipamentos do aeroporto, podem ter alguma avaria ou marca de uso, pois podem ter vindo de outro aeroporto administrado pela estatal, ou seja, essa prática é permitida e não é fora do comum, apesar de, é lógico, quando é tudo “novinho”, é muito melhor.

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Arthur Gimenes Prado
Arthur Gimenes Prado
Estudante do Ensino Médio, foi repórter e comentarista na TV Cultura Paulista e Rádio Morada do Sol FM, em Araraquara/SP cobrindo o esporte local. Também conta com passagem como colunista no Portal do Andreoli e fez participações especiais na Record News, Rádio CBN, EPTV e RedeTV!ES. Atualmente também atua na área de assessoria parlamentar na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) como estagiário.

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