Os controladores de tráfego aéreo liberaram quatro aviões para cruzar uma pista no Aeroporto JFK, em Nova York, enquanto um voo da SWISS para Zurique estava prestes a decolar.
Os pilotos do voo LX-17 da SWISS conseguiram evitar um desastre por pouco quando os controladores de tráfego aéreo autorizaram quatro aviões diferentes para cruzar a mesma pista que o Airbus A330, com capacidade para até 236 passageiros, acabara de receber permissão para decolar.
Na verdade, os pilotos do voo da SWISS já haviam começado a acelerar na pista quando o comandante avistou os aviões cruzando à sua frente e abortou rapidamente a decolagem antes que fosse tarde demais, conforme relatado pelo canal VASAviation do Youtube, que compartilhou uma animação junto com o áudio do controle.
As gravações das comunicações mostram como o avião da SWISS foi instruído a alinhar-se no final da pista 17 e esperar enquanto o voo 29 da Delta, vindo de Nice, na França, recebeu permissão para cruzar a pista.
Em seguida, o voo da SWISS recebeu permissão para decolar, logo antes dos voos 2246 da American Airlines (que acabara de chegar de Dallas), 5752 da Republic e 420 da Delta, que foram todos instruídos a cruzar a pista 17 em pontos diferentes em rápida sucessão.
A voz calma e tranquila do piloto da SWISS é ouvida dizendo: “Abortando decolagem. Tráfego na pista”.
No final, o voo da SWISS decolou de Nova York com 45 minutos de atraso e nenhum dano foi causado, mas o caso chama a atenção para incidentes de quase colisão em pistas de pouso.
Na semana passada, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou planos para instalar novos sistemas de vigilância de campo de aviação que são projetados para reduzir o risco de invasões de pista, “melhorando a consciência situacional dos controladores de tráfego aéreo”.
A tecnologia será instalada em Austin, Indianápolis, Nashville e Dallas-Love Field apenas em julho, e dezenas de outros aeroportos receberão a tecnologia até o final do próximo ano.
O sistema, chamado Surface Awareness Initiative, usa dados ADS-B para mostrar “tráfego de superfície”, como uma aeronave taxiando, em um mapa do aeroporto. A tecnologia será implantada em aeroportos que não possuem uma ferramenta de vigilância de superfície.