A configuração de motorização escolhida para os novos aviões regionais da Embraer já foi pensada, entre outros motivos, para as tecnologias de propulsão do futuro.
A nova geração de aviões regionais da Embraer, ainda sem nome oficial, mas designada pela indústria como NGTP (Turboélice de Nova Geração, na sigla em inglês), chamou a atenção pelo design, similar ao da família ERJ 145 no que diz respeito à posição do sistema de propulsão.
Os motores próximos à cauda não foram colocados à toa, mas sim para, entre outros motivos, facilitar uma adaptação no futuro. “Colocar os motores atrás na plataforma significa que a arquitetura da aeronave, o design básico, pode ser adaptado com inovações tecnológicas”, afirmou Luis Carlos Affonso, Vice-Presidente de Engenharia da Embraer, ao Flight Global.
A troca de tecnologia, passando da alimentação do motor por combustível fóssil para o hidrogênio, deve acontecer em 2040, 15 anos apás a chegada da aeronave ao mercado. As três grandes fabricantes de motores aeronáuticos já teriam feito suas propostas para o novo modelo da Embraer.
“Podemos colocar alguns tanques de hidrogênio no fundo da fuselagem, sem ter que mudar completamente o design da aeronave”, disse o executivo.
No total, serão duas aeronaves lançadas, uma com 70 assentos e uma maior com 90 assentos. A menor será voltada ao mercado americano, que tem limite de assentos nas aeronaves regionais. Ela deverá ter entre 50 e 55 assentos se configurada em duas classes. Já o modelo maior será voltado para outros mercados.