EUA quer mudar regulação aérea que pode afetar empresa que só voa jatos Embraer

Imagem: JetSuiteX

As autoridades de aviação dos Estados Unidos planejam propor mudanças nas próximas semanas às regras que regem os voos fretados públicos, um setor controverso da indústria de viagens que tem colocado algumas das maiores companhias aéreas umas contra as outras.

A Administração de Segurança nos Transportes (TSA, na sigla em inglês) pretende compartilhar as propostas com operadores de voos charter públicos como a JSX e permitir um período para comentários. As mudanças sugeridas, que potencialmente poderiam ameaçar o modelo de negócio, não serão divulgadas agora, pois são consideradas informações sensíveis de segurança, como informa o portal Aviacionline.

Os operadores de voos charter públicos competem com voos regulares a partir de terminais privados menores, mas permitem que os passageiros evitem as multidões do aeroporto e as longas filas de segurança. Esses operadores podem lidar com o controle de passageiros por conta própria e contratar pilotos que não têm as 1.500 horas mínimas de voo exigidas pelas maiores companhias aéreas comerciais.

O JSX se apresenta como “o último truque de viagem” que permite que os passageiros cheguem aos terminais privados 20 minutos antes da decolagem e passem por um controle mínimo de segurança antes de embarcar em jatos de 30 lugares. A empresa, que só conta com jatos Embraer ERJ-135 e ERJ-145 na sua frota, defendeu suas operações como seguras.

O boom de voos charter públicos, como os da JSX, dividiu algumas das maiores companhias aéreas do país, com American Airlines e Southwest pedindo o fechamento do que veem como uma lacuna regulatória para abordar preocupações de segurança.

United Airlines e JetBlue – que têm participação acionária na JSX – argumentam a favor da manutenção do status quo, pois esses operadores atendem a pequenas comunidades e fornecem um canal para pilotos que depois seguirão suas carreiras nas maiores empresas aéreas.

As próximas propostas da TSA podem ajudar a resolver as preocupações dos críticos de que os operadores de voos charter públicos comprometem a segurança. A agência e a Administração Federal de Aviação (FAA) iniciaram revisões formais no ano passado, com a FAA dizendo que a expansão de tais empresas é “um risco de segurança se não for controlado”.

Carlos Martins
Carlos Martins
Fascinado por aviões desde 1999, se formou em Aeronáutica estudando na Cal State Long Beach e Western Michigan University. #GoBroncos #GoBeach #2A

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