Exército Brasileiro ampliou seu recente recorde de lançamento aéreo de suprimentos, com mais de 500 toneladas

C-105 Amazonas, um dos aviões da FAB usados para os lançamentos do Exército – Imagem: FAB

Após informar, na semana passada, a maior atividade de lançamento aéreo de suprimentos de toda a sua história ao superar a marca de 300 toneladas, o Exército Brasileiro (EB) seguiu ampliando seu recorde e agora já são mais de 500 toneladas.

A Operação Ágata Fronteira Norte, um esforço conjunto da Marinha, Exército, Força Aérea, Polícia Federal, IBAMA, FUNAI e órgãos estaduais, prossegue com a ajuda humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Com isso, desde o início das atividades, o Exército Brasileiro registrou uma carga total superior a 500 toneladas. Os suprimentos foram lançados no 4º Pelotão Especial de Fronteira em Surucucu (4º PEF Surucucu) com o apoio das aeronaves da Força Aérea Brasileira.

Os lançamentos partiram do 8º Contingente do Batalhão de Dobragem Manutenção de Paraquedas e Suprimento pelo Ar (B DOMPSA), representando a Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqdt). Para alcançar esse feito, o B DOMPSA desloca periodicamente uma equipe chefiada por um oficial especialista.

As cargas, por sua vez, são preparadas na Base Aérea de Boa Vista por uma equipe composta de fiscal de preparação de cargas e montadores. Nelas, são colocados os equipamentos e os paraquedas sob as cargas montadas no método CDS (do inglês: Container Delivery System, ou Sistema de Entrega de Contêiner). Cada CDS pesa aproximadamente 560 kg e é montado para as dimensões das aeronaves C-105 Amazonas ou KC-390 Millenium, da FAB.

Imagem: Divulgação
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Distribuição Aérea

Em Roraima, o desafio é grande, pois a distância da zona de lançamento em Surucucu até a cidade de Boa Vista é de mais de 300 km em linha reta e passa por densas florestas. Além disso, o pouso em Surucucu nem sempre é viável, devido às condições de infraestrutura da pista.

Portanto, a única forma de entregar as cestas básicas em Surucucu é por meio do uso das aeronaves equipadas com rampas de carga, que se abrem durante o voo para permitir os lançamentos aéreos.

Após os lançamentos, a equipe de terra do B DOMPSA, com o apoio de funcionários da FUNAI e de militares do 4º PEF, recolhe os CDS com as cestas básicas e demais materiais. Em seguida, as cestas são embarcadas em helicópteros do Exército, da Marinha e da Força Aérea, que decolam para fazer as entregas em diversas aldeias indígenas, como Paa Piu, Auaris, Olomai, Onkioula, Palimiú e Halikatou, entre outras.

Imagem: Divulgação

“O trabalho de distribuição das cestas básicas aos povos indígenas só é possível graças à integração e ao trabalho conjunto entre as Forças Armadas e os demais órgãos envolvidos. Cada um faz a sua parte em um esforço coletivo, cujos resultados são potencializados em prol da ajuda humanitária àqueles que dependem da nossa atuação. Dessa forma, o Estado brasileiro se faz presente, e cumprimos a missão”, explicou o Subcomandante do Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte, General de Brigada Carlos Alberto Rodrigues Pimentel.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

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