A Administração Federal de Aviação (FAA) emitiu uma Diretriz de Aeronavegabilidade (DA) para todas as aeronaves das séries 747-8F e 747-8I da Boeing. A diretiva foi desencadeada por um reporte sobre rachaduras em componentes específicos da aeronave, que, se não forem verificados, podem levar à falha e afetar a integridade estrutural.
Segundo detalha o Aviacionline, a DA da FAA foi promulgada em resposta à descoberta de trincas nas longarinas (componentes estruturais da fuselagem), comuns nas terminações, na parte traseira da antepara da Estação (STA) 2598. Como parte desta DA, a FAA exige inspeções detalhadas de longarinas para possíveis rachaduras e ação a ser tomada com base na condição, se necessário. A DA entrará em vigor em 6 de setembro de 2023.
A aeronave envolvida no relatório inicial havia acumulado 5.517 ciclos totais de voo e 32.468 horas totais de voo quando as rachaduras foram encontradas.
A investigação da Boeing revelou que lacunas sem calços ou com calços incorretos maiores do que os requisitos de engenharia durante a montagem da aeronave resultaram em tensões de tração internas excessivas. Isso levou à formação de trincas e rechaduras de corrosão de tensão nas longarinas.
O DA visa atender a essa condição insegura, que, se não corrigida, pode levar à falha da estrutura adjacente ao anteparo na STA 2598. Essa falha pode comprometer a integridade estrutural da aeronave. A diretiva exige conformidade dentro de prazos especificados e inclui um conjunto detalhado de procedimentos para inspecionar e abordar o problema potencial.
A FAA estima que esta DA afeta 42 aeronaves registradas nos Estados Unidos. O custo estimado para os operadores de inspeções detalhadas é de US$ 324.870 por ciclo de inspeção. Além disso, o custo por produto para quaisquer reparos necessários com base nos resultados da inspeção é estimado em US$ 1.705 por longarina.
De acordo com a FAA, alguns ou todos os custos desta DA podem ser cobertos pela garantia, reduzindo potencialmente o impacto do custo nos operadores afetados.