A fabricante europeia Airbus continua a apresentar vendas mesmo após o “fim da feira”, demostrando recuperação contínua.
A fabricante europeia, que já se tornou líder de mercado, teve 801 aeronaves vendidas durante o Paris Air Show, também conhecido como Salão de Le Bourget, principal e maior feira aeronáutica do ano.
Boa parte deste número foi impulsionado pela venda de 500 jatos A320neo e A321neo para a IndiGo, da Índia, mas, passada a feira, era esperado apenas que surgisse no curto prazo o anúncio da Turkish Airlines, que acabou atrasando por causa das eleições presidenciais da Turquia no final de maio.
No entanto, outros três anúncios surgiram na virada do mês: o da IAG (British-Iberia) para converter opções de compra em pedidos firmes de A320neo, o da Viva Aerobus, do México, ao fazer uma grande encomenda de mais jatos A321neo, e o da Icelandair, que “virou a casaca” e irá substituir os jatos Boeing 757 também pelos aviões A321XLR, que hoje é o avião comercial de corredor único com maior alcance no mercado.
Em menos de 10 dias a Airbus contabilizou 113 pedidos, algo bem atípico para quem acabou de sair da feira. Por outro lado, cada vez mais os anúncios têm sido feito fora das feiras, seguindo (ainda que em menor nível) uma tendência do setor automotivo.
As montadoras de carro tem optado por fazerem eventos privados do que expor seus carros em grandes estandes. Além da economia ao não gastar com estandes, uma data separada da feira que tem vários anúncios ao mesmo tempo, dá maior audiência e destaque, principalmente virtual, de onde hoje já é o principal canal de vendas de carros novos.
O próprio Salão do Automóvel de São Paulo, maior e principal da América Latina, não acontece desde 2018 e está sem data para voltar. Já as feiras aeronáuticas têm tido uma timidez maior de anúncios de relevância, mesmo com a recuperação dos voos.
