Força Aérea conclui as obras no longínquo aeroporto de Estirão do Equador

Imagem: Força Aérea Brasileira

O Força Aérea Brasileira (FAB), através da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA), reportou como concluída a obra de reforma e ampliação da pista de Estirão do Equador, parte da localidade de Atalaia do Norte, no Amazonas, na fronteira com o Peru.

Com a obra, a pista passou de 1.200 metros para 1.500 metros de comprimento e foi refeita, tirando todo o asfalto e colocando concreto no lugar. Tal obra, por si só, já foi um desafio, já que a localidade, que é sede do 4º Pelotão Especial de Fronteira, fica a vários dias de barco de Manaus, e a logística por terra é impraticável.

A aeronave multimissão Embraer KC-390 Millennium da Força Aérea Brasileira (FAB), o maior avião já projetado e fabricado na história da aviação brasileira, realizou o transporte de veículos pesados para as obras desde o dia 2 de outubro, em missão que incluiu o pouso, pela primeira vez, na pista de Estirão do Equador. Nos voos, foram transportados caminhões, escavadeiras, motoniveladoras e autoconcreteiras, além de outros equipamentos, que chegam às 76,5 toneladas em carga.

O transporte foi feito pela tripulação do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), Esquadrão Zeus, baseado em Anápolis (GO). Alguns dos voos partiam de Coari e faziam um pouso técnico em Tefé, para abastecimento, antes de seguirem para Estirão do Equador.

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Estratégico

Estratégico para o apoio logístico a comunidades locais e populações indígenas e ribeirinhas no Amazonas, o aeródromo de Estirão do Equador teve inaugurada nesta quinta-feira (16) a nova pista de pouso e decolagem e demais obras de melhorias. O equipamento está localizado no município de Atalaia do Norte, a aproximadamente 1,6 mil quilômetros da capital Manaus, na região de fronteira com o Peru e Colômbia.

Resultado de uma parceria entre o Ministério da Infraestrutura (MInfra) e o Comando da Aeronáutica (Comaer), as obras foram retomadas no fim de 2018 com recursos destinados pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) – com aportes de R$ 36.441.265,98 – e realizadas pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (Comara), órgão do Comando da Aeronáutica.

“É mais um passo importante do Governo Federal em levar infraestrutura de qualidade a um ponto extremo do território nacional, tirando a população local do isolamento e possibilitando uma integração com o restante do país”, destacou o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio. “Uma viagem até Manaus, que levaria 45 dias de barco, pode ser feita em questões de horas; fundamental para qualquer emergência médica”, completou.

Troca de pavimento

A principal intervenção foi a ampliação e reconstrução da pista, que passou de 1,2 mil metros para 1,5 mil metros de extensão e 30 metros de largura, e a troca do pavimento de asfalto para concreto. Mudança que possibilita o pouso da aeronave KC-390 Millennium, ampliando a atuação das Forças Armadas na região amazônica. As melhorias também abrangem sinalização horizontal, terraplanagem de faixa de pista, cerca operacional e sistema de drenagem.

A reconstrução do aeródromo também exigiu um planejamento elaborado por conta do transporte de insumos, materiais, maquinários e equipamentos, sendo feito através de embarcações, como balsas e empurradores, e a areia utilizada nas obras retirada por dragagem do Rio Javari.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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