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Foto vazada coloca mais mistério sobre projeto dos bombardeiros chineses Xian H-6 e H-20

Os bombardeiros chineses Xian H-6 e H-20 têm sido notícia ultimamente, mas os esforços da China para desenvolver suas capacidades de ataque de longa distância ainda estão cobertos de mistério.

Recentemente, imagens pouco nítidas de um bombardeiro H-6 chinês carregando o que parece ser um grande veículo aéreo não tripulado sob sua fuselagem vieram a público. A procedência das imagens (uma delas está no começo desta publicação) e até mesmo sua autenticidade estão em questão.

Especulações iniciais sugeriram que a imagem é de um WZ-8, um UAV supersônico transportado por um H-6M. No entanto, uma inspeção mais detalhada das imagens pode sugerir uma variante do WZ-8 ou um novo tipo de aeronave. Outra possibilidade, caso as imagens sejam genuínas, é o veículo hipersônico MD-22.

Em 2023, um documento do governo dos EUA foi vazado, sugerindo que a Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF) havia montado um esquadrão H-6W usando o WZ-8, um ativo de coleta de inteligência. O documento declarava que o WZ-8, lançado de um H-6W, realizava voos a Mach 3 sobre a região alvo, fornecendo dados em tempo real para as correntes de ataque chinesas.

Apesar das imagens do H-6 serem vagas e questionáveis, elas destacam a importância da plataforma H-6 para uma variedade de missões, desde ataques navais através do H-6K, até o lançamento de mísseis balísticos ar-terra com o H-6N, ou monitoramento de drones de alto desempenho a bordo do H-6W.

No início de março, um repórter de uma estação de televisão de Hong Kong abordou Wang Wei, vice-comandante da PLAAF, sobre o H-20, o programa de bombardeiro furtivo da China que está em execução há anos. Wang afirmou que o H-20 é “motivo de entusiasmo” e será “revelado em breve”.

Finalmente, é razoável supor que a China encontrou desafios com o H-20, assim como todos os países encontram desafios e contratempos nas aquisições de defesa, principalmente em programas tão complexos como um bombardeiro furtivo. É certo que Pequim, ao controlar o compartilhamento de imagens e vídeos militares nas redes sociais, prefere manter esses assuntos sob sigilo.

Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.