Um jato Airbus A330 foi deslocado para o outro lado do mundo com militares de forças especiais após protestos causarem mortes num território francês.
O jato do Escadron de Ravitaillement en Vol et de Transport 1/31 Bretagne é um Airbus A330-200 MRTT de matrícula F-UJCU, que voou da Base Aérea de Istres/Le Tubé no sul da França rumo à Nova Caledônia, um arquipélago próximo da Austrália e 16 mil quilômetros distantes de Paris.
O território foi conquistado e colonizado pelos franceses nos anos 1800, e hoje tem certa independência, mas continua sob o comando parisiense. Na capital francesa, está tramitando uma lei que irá alterar o censo eleitoral do país.
Hoje está em vigor a regra de que apenas pessoas nativas do arquipélago, os neocaledônios, podem votar ou franceses que chegaram até 1998, além de seus respectivos descendentes diretos (filhos, netos e etc).
Esta regra permite dar mais independência para a Nova Caledônia, assim como mais poder para os povos originários da ilha. Porém, agora a proposta de lei que avança na França continental irá retirar esta regra, sendo permitido que qualquer francês que more no arquipélago vote nas eleições locais.
Com isso, vários grupos separatistas e favoráveis à independência iniciaram protestos, que se tornaram violentos e resultaram na morte de 4 pessoas. Emmanuel Macron, presidente da França, declarou estado de emergência nesta quarta-feira, banindo a rede social Tik-Tok e também declarando toque de recolher. Além disso, ele separou alguns soldados das unidades de elite no país para irem até a Nova Caledônia reforçar a segurança.
Foram convocados homens da CRS (Reserva da Polícia Nacional), do GIGN (Força Especial da Gendarmerie Nationale) e do RAID (Unidade de Intervenção Tática da Polícia Nacional), que foram colocados no A330 da Armée de l’air, que faz agora uma escala em Vancouver no Canadá, antes de seguir para Honolulu e depois, finalmente, para a Nova Caledônia:
