Frente Parlamentar do Arroz no RS terá a defesa da aviação agrícola do estado como um de seus focos

Aeronave agrícola realizando pulverização – Imagem: actionsports, via Depositphotos

O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (SINDAG) informa que a defesa da aviação agrícola no Rio Grande do Sul (Estado berço do setor no País) é um dos focos de trabalho anunciados pelo deputado estadual Marcus Vinícius (PP) no lançamento da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Produtivo do Arroz, da Assembleia Legislativa do Estado.

A cerimônia ocorreu na última semana, durante a 46ª Expointer, em Esteio/RS, que terminou no domingo. O objetivo do grupo, no caso do setor aeroagrícola, é barrar propostas legislativas prejudiciais ao Estado baseadas unicamente em ideologia política contra o setor produtivo, especialmente no tocante às ferramentas aéreas.

Marcus Vinícius foi especialmente crítico ao projeto de proibição do setor que tramita no Legislativo Estadual, de autoria do deputado Adão Pretto Filho (PT).

“A esquerda está buscando criminalizar a aviação agrícola, que é fundamental para o setor. O projeto que visa proibir a pulverização realizada por aeronaves e drones em todo o Rio Grande do Sul não pode ser aprovado, e vamos trabalhar, entre outras frentes, para evitar isso”, afirmou, na cerimônia na noite da última segunda-feira (28).

O deputado também destacou que a Frente se concentrará em aspectos como a indústria, produtividade, pesquisa e aviação agrícola.

Conforme Marcus Vinícius, a frente Parlamentar do Arroz já existia na Assembleia gaúcha entre o início dos anos 2000 e 2013. Segundo ele, o arroz é uma commodity importante para o País e essencial para a economia gaúcha, e o trabalho do grupo deve centrar esforços na indústria, produtividade e pesquisa.

“Historicamente se fala que os setores se unem em momentos de crise. E isso é uma meia verdade. A cadeia produtiva do arroz teve na safra 22/23 a segunda maior da sua história, e a área plantada aumentará em 7,5%. São boas notícias, e mesmo assim o setor, as entidades e os poderes se unem”, assinalou o deputado.

IMPORTÂNCIA

Para o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, a importância de uma bancada dedicada ao arroz tem a ver também com a proteção de diversos municípios que dependem da cultura.

“Enfrentamos desafios como a tributação, falta de competitividade (…). Precisamos garantir segurança para os produtores e munícipes. Valorizar a relação com a Assembleia e atender a essas demandas é um desafio de longo prazo, mas com resultados positivos para nossa cadeia produtiva”, destacou.

O Rio Grande do Sul é responsável por cerca de 70% do arroz produzido no Brasil. A lavoura arrozeira é especialmente dependente da aviação agrícola por ser alagada em boa parte de seu ciclo (o que dificulta o trato terrestre). Assim, é justamente a aviação que ajuda a garantir a sanidade do produto que chega aos consumidores, como comprovam os relatórios do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que detectaram contaminação zero nas amostras do produto.

Murilo Basseto
Murilo Bassetohttp://aeroin.net
Formado em Engenharia Mecânica e com Pós-Graduação em Engenharia de Manutenção Aeronáutica, possui mais de 6 anos de experiência na área controle técnico de manutenção aeronáutica.

Veja outras histórias