A GOL anunciou que obteve diversos marcos significativos na sua estratégia de negócios e expansão das redes doméstica e internacional, alcançando resultados acima das expectativas para o quarto trimestre de 2019 (4T19), mesmo diante dos problemas enfrentados com os Boeings 737.
Na divulgação de seus resultados, a companhia aérea informa que a forte demanda de Clientes, especialmente no segmento corporativo, combinada com sua disciplina de capacidade, permitiu a obtenção de excelentes resultados operacionais no 4T19.
“Gostaria de agradecer, particularmente, a todos os nossos Colaboradores pela dedicação e engajamento que, em condições desafiadoras de mercado, atenderam às demandas dos Clientes no Brasil e no exterior, de maneira ágil, eficiente e segura”, afirma Paulo Kakinoff, presidente da GOL.
A GOL transportou quase 10 milhões de Clientes no 4T19, 8,0% acima do apurado no 4T18.
Apesar dos diversos desafios operacionais enfrentados, tais como a paralisação temporária do 737 MAX 8 e a manutenção não programada do pickle fork de certos NGs, a GOL apresentou resultados acima do esperado.
Recordes financeiros
Foram registradas receitas recordes e altas margens, com geração de caixa operacional superior a R$1,0 bilhão no trimestre, além da implementação de um programa de recompra de ações de R$102 milhões e de melhoria nas classificações de crédito da Companhia.
A receita líquida aumentou 18,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando o recorde trimestral de R$3,8 bilhões.
Atualmente, as tendências de receita e reservas de Clientes permanecem fortes, e a Companhia espera que o RASK (indicador de Receita Líquida por Assento Quilômetro Ofertado) do primeiro trimestre cresça de 4% a 6% em comparação ao 1T19.
Adaptação de malha
Mesmo com a paralisação temporária do 737 MAX 8, a flexibilidade do plano de frota da GOL possibilitou atender a todos os mercados com alto índice de utilização das aeronaves, que alcançaram 12,2 horas de voos por dia no 4T19.
A malha aérea da GOL conta com ampla conectividade aos principais mercados, o que tem permitido criar uma maior capilaridade para rotas corporativas e redução de sua etapa média. Isso, aliado à utilização intensiva de data analytics e foco em personalização do Cliente, vem proporcionando o melhor posicionamento da Companhia na captura do crescimento econômico.
Com base na mais recente previsão da Boeing, o retorno do 737 MAX deve acontecer no início do segundo semestre de 2020, após a aprovação dos órgãos reguladores competentes.
No início do quarto trimestre de 2019, 14 aeronaves 737 NGs foram colocadas em manutenção não planejada, em cumprimento à Diretriz de Aeronavegabilidade emitida pela FAA.
O processo foi 100% finalizado no final de dezembro, e os aviões retornaram à frota, graças ao engajamento e atuação tempestiva do time da GOL Aerotech, a nova unidade de negócios da Companhia, criada em novembro de 2019.
Novos destinos atendidos
No trimestre, a GOL expandiu o alcance nos mercados regionais no Brasil, incluindo operações em mais três bases: Araçatuba (SP), Cabo Frio (RJ) e Sinop (MT). Adicionalmente, foram aprimoradas parcerias com operadoras, acrescentando 22 novos destinos aos Clientes.
Os novos destinos fortalecem a malha geral da empresa, aumentam a conectividade e reduzem a exposição da Companhia a mercados altamente competitivos.
Em continuidade ao seu plano de expansão internacional, a GOL iniciou voos regulares entre São Paulo e Lima (Peru). No período foi inaugurada também a rota semanal Manaus-Orlando (EUA) e a sazonal Porto Alegre-Punta del Este (Uruguai).
GOL Aerotech
Em novembro de 2019, a GOL Aerotech foi formalmente lançada como uma nova unidade de negócios que alavanca a expertise da GOL para fornecer manutenção, reparo e revisão de aeronaves e componentes para terceiros. Isso propicia uma nova fonte de receita, e reduz os custos para a Companhia.
Com 760 funcionários e mais de 600.000 horas de disponibilidade por ano, a GOL Aerotech está qualificada para executar serviços de manutenção para quatro modelos da Boeing: as famílias 737 Classic, 737 Next Generation, 737 MAX e 767. A Aviation Capital Group (ACG) e a Dubai Aerospace estão entre os primeiros Clientes. Para 2020, espera-se uma receita de R$140 milhões com a GOL Aerotech.
Parcerias novas e renovadas
No quarto trimestre, foi renovada a parceria estratégica com a Air France-KLM pelos próximos cinco anos, aliança que já possibilitou o transporte de mais de um milhão de Clientes. Hoje, um em cada quatro passageiros da Air France-KLM realiza suas conexões com a GOL.
Também foi assinado um novo codeshare com a Avianca Holdings, que contempla 60 destinos nacionais e 16 internacionais da GOL em 11 países, e 26 da Avianca na Colômbia e outros 50 na América e Europa.
Em fevereiro de 2020 foi anunciado um novo acordo de codeshare com a American Airlines. Os voos serão operados também através dos hubs da GOL em São Paulo (GRU), Rio de Janeiro (GIG), Brasília (BSB) e Fortaleza (FOR), e estes se adicionarão aos atuais voos regulares da Companhia para Miami e Orlando.
Retirada de aeronaves antigas
Ainda em fevereiro de 2020, a GOL anunciou a celebração de contratos de sale and leaseback de 11 aeronaves Boeing 737 Next Generation (NG) com a Carlyle Aviation. Essa transação reduzirá a dívida líquida da Companhia em aproximadamente R$500 milhões, composta por uma diminuição de R$130 milhões no endividamento e um aumento de R$370 milhões na liquidez de caixa.
A receita de gerenciamento de ativos e a redução na despesa de juros contribuirão com mais de R$420 milhões no lucro da Companhia em 2020. Os resultados auferidos nesta transação demonstram a consistência de valor de mercado da aeronave Boeing 737 e a criação contínua de valor aos acionistas da GOL.