Para mitigar o impacto ambiental em um projeto de energia licenciado pelo Ibama no Rio de Janeiro, a empresa responsável adotou uma abordagem inovadora. Em colaboração com a unidade do Instituto em Uberlândia (MG), optou-se pelo uso de um helicóptero para transportar as peças metálicas e o concreto destinados à fundação das torres de transmissão.
Este empreendimento atravessa áreas protegidas de Mata Atlântica, incluindo o Parque Nacional da Serra da Bocaina e o Parque Estadual Cunhambebe.
Essa medida resultará na economia de cerca de dez estradas de acesso às torres, evitando a supressão de 5,72 hectares de Mata Atlântica – equivalente a seis campos de futebol. As obras, iniciadas em fevereiro deste ano, continuarão até dezembro, com a fase de desmobilização prevista para o primeiro semestre de 2024.
A linha será reconstruída para aumentar a capacidade de transmissão de energia da Subestação (SE) Angra Furnas, de 400 MVA, promovendo maior confiabilidade no fornecimento de energia à região de Angra dos Reis (RJ). As novas torres, mais altas e robustas, visam garantir maior distanciamento entre os cabos e as copas das árvores, evitando a necessidade de cortes desnecessários na vegetação.
Essa iniciativa visa preservar a Mata Atlântica, o bioma mais habitado do país, onde reside 72% da população brasileira. Atualmente, apenas cerca de 24% de sua área original permanece preservada, com apenas 12,4% em estado de floresta madura.
Para viabilizar as operações, foi escolhido um helicóptero AS350 “Esquilo”, capaz de percorrer o trajeto de 28 quilômetros e transportar cargas de até 2,6 toneladas. A aeronave é operada pela Emar Taxi Aéreo, de Macaé (RJ), que conta com pilotos qualificados e treinados para o transporte de cargas especiais.
Todas as ações estão em conformidade com a Licença de Instalação 1416/2021 – 1ª Retificação, condicionante 2.1, item 2.1.1, que inclui a execução do Plano Ambiental de Construção (PAC) e possui a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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