O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), informa que, com a conclusão das obras do Aeroporto Marechal Rondon, de Cuiabá, prevista para dezembro deste ano, a internacionalização prevista para ocorrer até o primeiro semestre de 2024 será a grande virada de chave do turismo de Mato Grosso, elevando-o a outro patamar.
O secretário da Sedec, César Miranda, afirmou:
“Nós temos condições pela localização geográfica de Mato Grosso, nós somos o centro geodésico da América do Sul e podemos nos tornar um grande hub aeroviário, desde que tenhamos a internacionalização do aeroporto e consigamos juntar a questão turística com os investimentos e trazer mais empresários para cá”.
Com a possibilidade do aeroporto se tornar um hub, o secretário explica que partiriam do Estado voos diretos para Bolívia, Argentina, Chile, Estados Unidos e para Europa, por exemplo.
Atualmente, se um mato-grossense deseja visitar Macchu Picchu, no Peru, ele tem que ir a São Paulo, passar por cima de Mato Grosso em voo para Lima, para depois a Cusco, em mais de 8 horas de voo ao todo. De Cuiabá a Cusco seria algo em torno de 2 horas de voo.
César Miranda complementa:
“Há mercado para esses europeus e os norte-americanos que desejam vir ao Pantanal, além dos mato-grossenses que viajam para fora do país. Cuiabá pode ser um hub como Dubai, onde se faz a escala, e o turista pode conhecer mais a cidade e os atrativos do entorno, como Pantanal, Nobres e Chapada. Mas para isso, é preciso os voos”.
O secretário destaca ainda que a internacionalização também atrai grandes redes hoteleiras de olho no crescimento do turismo estadual. Com voos diretos a outros países, é possível gerar investimentos em hospedagem na região da Transpantaneira, por exemplo.
Outro ponto citado é que a mudança de status do Aeroporto Marechal Rondon também pode colocar o Estado como um dos principais hubs das atuais companhias aéreas, como Viracopos é a para Azul Linhas Aéreas, pois a empresa poderá tornar Cuiabá como seu segundo hub no país, pela demanda que será criada com a internacionalização do aeroporto.