Latam Brasil deseja voar com aviões maiores a partir de Congonhas

Avião Airbus A321 LATAM

Um documento assinado pela Latam Airlines, e visto pelo AEROIN, informa que a empresa brasileira tem grande interesse de operar seus maiores jatos de corredor único (Narrow Body) a partir de Congonhas.

Diz o documento: “Em função da limitação de slots do Aeroporto de Congonhas, entendemos como natural uma alteração gradual no mix de aeronaves ao longo dos anos, aumentando o número médio de passageiros por movimento de pouso e decolagem, contribuindo para otimizar a infraestrutura do aeroporto. Nesse contexto, é do interesse da LATAM que o aeroporto de Congonhas preveja infraestrutura compatível para que possamos operar com a maior aeronave Narrow Body da frota: o Airbus A321.

Considerando que a resistência do pavimento do sistema de pistas de pouso e decolagem assim como resistência do pavimento do pátio de aeronaves são adequadas para esse modelo, e que a Categoria de Combate a Incêndio instalada permite operação do A321, solicitamos ampliação da Pista de Pouso e decolagem para, pelo menos, 2.200m a fim de viabilizar operação com A321 a partir de Congonhas para diversos destinos no Brasil”.

Segundo o site da própria Latam informa, a liberação para voos do Airbus A321 resultaria em um aumento significativo da capacidade, partindo de 168 a 180 passageiros do A320 para 220 a 224 assentos no A321. Em termos percentuais, isso representa algo entre 24% e 30% a mais de capacidade.

Mas ampliar a pista não é uma tarefa fácil, já que seria necessária a construção de uma estrutura elevada e, eventualmente, mudanças na rede viária, para que se viabilize o projeto. Como está localizado no meio da cidade, não há como estender a pista do aeroporto dentro do espaço do sítio atual.

No passado, mais precisamente no começo dos anos 1980, Congonhas chegou a receber voos com o Boeing 767-200 da Transbrasil, no entanto, com o crescimento do fluxo de aeronaves, o aumento no número de passageiros, e o aperto na regulamentação que rege a segurança operacional, fez-se necessária a adoção de medidas que restringiram no terminal a operação de jatos maiores do que o Airbus A320 e Boeing 737-800.

Carlos Ferreira
Carlos Ferreira
Managing Director - MBA em Finanças pela FGV-SP, estudioso de temas relacionados com a aviação e marketing aeronáutico há duas décadas. Grande vivência internacional e larga experiência em Data Analytics.

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