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Longe da Nella, Amaszonas quer reiniciar voos na Bolívia

A companhia aérea boliviana Amaszonas manifestou sua intenção de retomar suas operações aéreas, enfrentando, no entanto, desafios regulatórios significativos. Conforme reporta o portal parceiro Aviacionline, a empresa aérea, atualmente sob propriedade do brasileiro Luis Divino Goncalvez Ribeiro, expressou seu interesse à Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) da Bolívia para reiniciar seus voos.

No entanto, seu certificado de operador aéreo permanece suspenso devido à falta de credenciamento das aeronaves que pretende utilizar.

O diretor da DGAC, José García, informou que, embora Goncalvez Ribeiro tenha expressado formalmente seu desejo de reiniciar as atividades da companhia aérea, ainda não apresentou a certificação das aeronaves que serão usadas, nem estabeleceu uma data específica para o reinício das operações. García enfatizou que, até que as aeronaves correspondentes sejam apresentadas, o certificado de operador permanecerá suspenso.

A situação da Amaszonas se complica ainda mais devido ao seu histórico recente: a companhia aérea parou de voar em 8 de agosto do ano passado, após a retirada da matrícula de seus quatro Embraer E190 devido a uma dívida de mais de US$17 milhões de dólares com a locadora GY Aviation Lease 1816 Co. Limited.

Posteriormente, em novembro, a DGAC revogou seu Certificado de Operador Aéreo. O ministro de Obras Públicas, Édgar Montaño, afirmou que a Amaszonas deve realizar pelo menos um voo, seja regular ou charter, nos próximos 90 dias para não perder definitivamente o certificado. O prazo vence agora no final de janeiro.

Num contexto mais amplo, a DGAC indicou que outros operadores aéreos também manifestaram interesse em operar no território boliviano, comprometendo-se a fornecer as informações necessárias para que possam iniciar operações de acordo com as regulamentações vigentes.

A recente venda de 100% das ações da Amaszonas do grupo brasileiro Nella para o empresário Goncalvez Ribeiro em setembro de 2023, somada à dívida existente de US$58 milhões de dólares, destaca os desafios que a companhia aérea enfrenta para retomar seu lugar no espaço aéreo boliviano.

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